O senador Eduardo Braga (MDB/AM) afirmou, nesta segunda-feira (30), durante almoço com empresários na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Manaus, não acreditar na aprovação pelo Congresso Nacional, este ano, da reforma tributária, proposta pelo governo federal, e defendeu incentivos para atrair investimentos em tecnologia e inovação para gerar mais empregos no Amazonas.
O parlamentar participou do encontro a convite da classe empresarial amazonense, preocupada com a situação econômica e política que o Brasil atravessa. “Estamos preocupados com o rumo que o país está tomando, e a presença do senador (Eduardo Braga) é de grande importância, por conta da sua influência política”, disse o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag.
Líder do MDB no Senado, Eduardo disse que não há tempo para discutir a reforma tributária, e que o tema precisa ser bastante analisada, pois precisa atender os interesses de todos. “Não creio em reforma tributária em fim de governo. É uma questão que vai ficar para a próxima gestão”, destacou o senador a um grupo de cerca de 30 empresários.
Ambiente inviável
Braga disse, também, que no ambiente externo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem tornando a reforma tributária ainda mais inviável. “Fazer isso em final de governo é inviável, e o ministro torna ainda mais viável, quando diz que precisa fazer uma reforma para aumentar a carga tributária. Isso vai ficar para o próximo governo, para equacionar todas as variáveis”, reforçou.
O senador Eduardo Braga lamentou o fato da política nacional, mais uma vez, caminhar para a polarização, por não ter surgido até agora nenhuma terceira via viável. Para ele, é lamentavelmente ter um Brasil muito polarizado e radicalizado. “Quem viveu a ditadura sabe que é muito ruim. E eu sou defensor intransigente da democracia, porque nos garante a liberdade de expressão”, disse.
Falando em nome da classe empresarial, Ralph Assayag, disse que a grande preocupação do empresariado é a falta de políticas de incentivo, ausência de logísticas para investimentos no interior e a carga tributária. Para os empresários, o Amazonas precisa criar mecanismos para facilitar a geração de emprego e renda.