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O que dizem as defesas dos denunciados pela PGR no inquérito do golpe

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira (18) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas no inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado. A PGR acusa o ex-mandatário e o general e ex-ministro Walter Braga Netto de liderarem a suposta trama golpista.

Eles são acusados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; organização criminosa; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da união; e deterioração de patrimônio tombado.

Gazeta do Povo busca contato com as defesas de todos os denunciados. O espaço segue aberto para manifestações. Confira o que dizem as defesas dos denunciados.

Walter Braga Netto

Os advogados de Braga Netto classificaram a denúncia como “fantasiosa”. O general da reserva está preso preventivamente desde dezembro de 2024. “O General Braga Betto está preso há mais de 60 dias e ainda não teve amplo acesso aos autos, encontra-se preso em razão de uma delação premiada que não lhe foi permitido conhecer e contraditar”, diz a nota divulgada pela defesa.

“Também é surpreendente que a denúncia seja feita sem que o relatório complementar da investigação fosse apresentado pela Polícia Federal. É inadmissível numa democracia, no Estado Democrático de Direito, tantas violações ao direito de defesa serem feitas de maneira escancarada”, disseram os advogados.

Almir Garnier

Os advogados do ex-comandante da Marinha Almir Garnier disseram que ainda precisam ler a denúncia da PGR, ressaltando que exercerão o direito ao “contraditório” após ter acesso a delegação do tenente-coronel Mauro Cid.

Filipe Martins

Em nota, os advogados de Martins afirmaram que a PGR “encampa, sem pudor, as fábulas do delator e da PF, confirmando sua submissão absoluta à única autoridade brasileira que repetidamente tem atentado contra a democracia, a Constituição Federal e as liberdades fundamentais: o Ministro Alexandre de Moraes, que converteu o ordenamento jurídico brasileiro num espetáculo grotesco de arbitrariedade e num instrumento de perseguição política”.

“A Defesa de Filipe Martins repudia veementemente a condução suspeita desse processo, a manipulação realizada durante as investigações (como o uso de uma viagem forjada para ocasionar uma prisão e tentar forçar uma delação) e as acusações infundadas do PGR, e demonstrará, junto ao seu cliente, não apenas que tudo é falso, mas também que tudo é nulo desde o princípio”, diz o comunicado.

Marcelo Câmara

A defesa de Marcelo Câmara apontou que a denúncia foi baseada em uma “investigação confusa e com foco político” e reforçou que a verdade será restabelecida no STF. “As quase 300 páginas lastreadas em uma investigação confusa e com foco político não abalam e nos fazem seguir seguros de que todos os fatos serão esclarecidos para que, ao final, a verdade seja restabelecida e a absolvição prevaleça no Plenário do Supremo Tribunal Federal”, diz a nota.

Lista completa dos denunciados pela PGR

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros: ex-major do Exército;
  • Alexandre Ramagem: deputado federal e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
  • Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres: ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
  • Ângelo Martins Denicoli: major da reserva do Exército;
  • Augusto Heleno: ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Bernardo Romão Correa Netto: coronel do Exército, chegou a ser preso pelos atos de 8 de janeiro de 2023, é integrante do grupo de elite chamado de “kids pretos”;
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha: engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
  • Cleverson Ney Magalhães: coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres (Coter);
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira: general de Brigada do Exército
  • Fabrício Moreira De Bastos: coronel do Exército;
  • Filipe Martins: ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República;
  • Fernando De Sousa Oliveira: ex-número 2 da Secretaria de Segurança Pública do DF;
  • Giancarlo Gomes Rodrigues: subtenente do Exército;
  • Guilherme Marques De Almeida: tenente-coronel;
  • Hélio Ferreira Lima: tenente-coronel;
  • Jair Messias Bolsonaro: ex-presidente da República;
  • Marcelo Araújo Bormevet: agente da Polícia Federal e ex-integrante da Abin;
  • Marcelo Costa Câmara: coronel do Exército;
  • Márcio Nunes De Resende Júnior: coronel do Exército;
  • Mário Fernandes: general da reserva;
  • Marília Ferreira De Alencar: ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres;
  • Mauro César Barbosa Cid: tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
  • Nilton Diniz Rodrigues: general do Exército;
  • Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho: comentarista político de direita;
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: general do Exército e ex-ministro da Defesa
  • Rafael Martins de Oliveira: tenente-coronel;
  • Reginaldo Vieira de Abreu: coronel;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo: tenente-coronel;
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior: tenente-coronel;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros: tenente-coronel;
  • Silvinei Vasques: ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);
  • Walter Souza Braga Netto: general da reserva e ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. Foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022;
  • Wladimir Matos Soares: policial federal.