Cármen Lúcia foi rápida em sua decisão. Restando um voto para formar maioria no julgamento da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ministra disse que seguiria o voto do relator, o ministro Benedito Gonçalves. Restando os votos de Nunes Marques e de Alexandre de Moraes, a votação já está 4 votos a 1 para torná-lo inelegível.
A expectativa é de que todos os ministros votem ainda hoje.
Com a maioria deles já à favor, Bolsonaro será declarado inelegível e não poderá concorrer às eleições municipais de 2024 e às estaduais e nacionais de 2026. A ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não é do âmbito penal, por isso, o ex-presidente não pode ser preso.
A ação é de autoria do PDT, que acusa o ex-presidente por ataques feitos ao sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores realizada no Palácio do Planalto em julho de 2022. A acusação é de abuso de pder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Bolsonaro pode recorrer da decisão ao próximo TSE e também ao Supremo Tribunal Federal (STF), e a defesa do ex-presidente já sinalizou que irá fazer, já que alega que a reunião com os embaixadores não teve caráter eleitoral.