Manaus/AM – A uma semana da votação da PEC da reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Eduardo Braga (MDB-AM) antecipou nesta quarta-feira (01/11), em entrevista à revista Exame, que está trabalhando para evitar, ao máximo, mudanças no texto do relatório.
“Nossa disposição é de conter ao máximo possível qualquer exceção ao texto que apresentamos na semana passada. Mas, na democracia, o ótimo é inimigo do possível. E o possível na democracia depende das correlações de força”,
observou.
Ele disse que ainda não tem definidas as mudanças que poderão ocorrer no texto, mas admitiu que as negociações na busca de um consenso seguem intensas. Como relator da matéria, tem se reunido com senadores, governadores e todos os segmentos interessados em debater o tema.
acrescentou.
“Amanhã mesmo, em pleno feriado de finados, terei reuniões sobre o tema, inclusive com o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Vamos trabalhar na sexta e no final de semana, esperando chegar na terça-feira (07/11) com a maioria absoluta dos votos na CCJ, para que possamos levar o relatório até o plenário do Senado”,
Em almoço com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da CCJ, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), nesta quarta-feira, Braga confirmou o cronograma de votação da PEC da reforma tributária.
“Concluída a votação na CCJ no dia 7, precisaremos de realizar 5 sessões extraordinárias para leitura e debate em plenário. A ideia é votar o 1º turno em plenário no dia 8, o texto e destaques. Abre-se então prazo para emendas, que precisarão receber parecer da CCJ na manhã do dia 9, para realizarmos a votação do 2º turno à tarde”,
explicou.
Ciente do grande desafio que tem pela frente de compatibilizar as mais diferentes demandas e expectativas da sociedade, além de mais de 700 emendas apresentadas, Eduardo Braga declarou que está dedicado para entregar o “melhor texto possível” para que o Brasil, até o final do ano, possa ver promulgada finalmente a emenda constitucional que implantará um novo sistema tributário no país. “E assim o Brasil volte a crescer, gerar emprego e renda, de forma sustentável”, concluiu.