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No senado, Plínio Valério chama atenção para pobreza no amazonas e diz que ela “deve ser combatida de forma séria e honesta, não de forma hipócrita” 

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Plínio votou contra a PEC Fura Teto entendendo que o PT pediu muito além do necessário, ultrapassando o teto de gastos em dois anos.

BRASÍLIA – Aproveitando que as atenções estavam voltadas para o Senado Federal com o resultado da PEC Fura Teto, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) cobrou atenção para a situação de pobreza da Amazônia não apenas em dias de votação, já que, segundo ele, milhões de famílias no estado “não têm dinheiro para comprar açúcar, sal e óleo” e estão vivendo abaixo da pobreza. Plínio disse que a pobreza existe e tem que ser combatida de forma séria e honesta, não de forma hipócrita.

“A gente está aqui falando que o Brasil passa fome e que, se a PEC não fosse aprovada, a população vai morrer de fome. Parece até que a pobreza foi inventada há quatro anos. Parece até que a pobreza começou a existir agora, que os pobres do Brasil não precisam de atenção sempre; não é só num dia, não é só numa votação, sempre”, lamentou o senador amazonense.

Plínio votou contra a PEC Fura Teto entendendo que o PT pediu muito além do necessário, ultrapassando o teto de gastos em dois anos. Em suas redes sociais e no Plenário, o senador amazonense ressaltou que é favorável ao pagamento do Bolsa Família.

“Votei não à PEC Fura teto porque ela não está pedindo só o que é justo. O que é justo é o Auxílio Brasil e Farmácia Popular. O PT está pedindo muito além do necessário. Meu compromisso também é com a história”, escreveu.

VEJA O VÍDEO:

“O Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância], em seu relatório último, diz que na Amazônia tem 9 milhões de lares sem condições de comprar cesta básica. E ninguém fala nisso. São pessoas que não têm acesso e estão abaixo do nível de pobreza. No estado do Amazonas, o IBGE diz que 48% da população vive abaixo da linha da pobreza. No meu Estado, 1.225 crianças morrem antes de completar um ano. Manaus tem em sua periferia, vivendo em condições sub-humanas 40 mil indígenas. E eu não vejo ninguém falar nisso”, observou.

Plínio afirmou que existe hipocrisia de outros países em relação à situação da Amazônia e dos povos indígenas. Ele citou que os Estados Unidos tem 3,5 milhões de indígenas que ocupam 3% do território, enquanto o Brasil tem 1 milhão de indígenas que ocupam 13,8% do território do país.

*Com informações assessoria

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