Na Edição 270 da Revista Oeste, o economista Ubiratan Jorge Iorio fala sobre o “governo reborn” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em sua análise, o “governo reborn” é um governo que, exatamente como o boneco, em tudo se assemelha a um governo de verdade, mas não tem vida, no sentido que se atribui a qualquer governo.
“Assim como um bebê de silicone jamais aprenderá a ler, um governo reborn nunca saberá governar”, escreve Ubiratan. Para ele, a gestão petista, com seus quase 40 ministros, é um retrato de desorganização, ineficiência, viés ideológico e autoritarismo disfarçado de democracia. Sem sinais vitais, diz, não se trata de um governo de fato — mas de uma encenação reborn.
Leia um trecho do artigo de Ubiratan Jorge Iorio sobre o “governo reborn” de Lula
“Não obstante o partido do governo, sempre apoiado cegamente por seu exército de militantes na imprensa, tentar vender há 45 anos aos incautos a narrativa de que é voltado para os pobres, hoje, em meio ao seu quinto mandato, o país está submerso em uma crise fiscal aguda, em uma inflação de preços bastante alta e com uma fuga de investimentos significativa, em consequência de suas políticas desastrosas.
O Brasil, que já fora considerado uma potência emergente, está com a economia à deriva e à beira do abismo, enquanto o governo não se cansa de privilegiar aliados ideológicos e ignorar as vantagens da economia de mercado.
As promessas populistas de Lula, que refletem uma concepção antediluviana da economia, têm acarretado altos custos para o povo brasileiro e levado o Brasil à desindustrialização, ao aumento da pobreza e à estagnação econômica.
Na cartilha econômica do PT, empreendedores e investidores são tratados como inimigos. Isso inevitavelmente gera um ambiente hostil para os negócios e um desestímulo ao empreendedorismo, acendendo o sinal vermelho para investimentos estrangeiros e nacionais, tendências amplificadas pelo inacreditável ambiente de instabilidade jurídica decorrente dos conflitos no terreno das atribuições dos três Poderes.
[…] As críticas ao governo reborn não se restringem à economia. Há um autoritarismo que contempla perseguição a opositores, aproximação com ditadores espalhados pelo mundo e insistência doentia em controlar a mídia e enfraquecer instituições democráticas.
Há, ainda, ataques sistemáticos à liberdade de expressão, tentativas reiteradas de censurar as redes sociais, perseguição a jornalistas e a políticos de oposição, presos políticos e brasileiros asilados no exterior, o que evidencia intolerância a críticas e desejo de apossar-se do Estado.”