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Nevasca já matou 47 nos EUA: ‘É como ir a uma zona de guerra’, diz governadora de Nova York

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'É como ir a uma zona de guerra', diz governadora de Nova York

A tempestade de inverno histórica que atinge os Estados Unidos já deixou 47 mortos desde quinta-feira, de acordo com a agência AFP. A nevasca e os ventos polares atingem de forma mais severa a cidade de Buffalo, no estado de Nova York, onde morreram 25 das vítimas.

Em Buffalo, onde cortes de energia duraram horas, corpos foram encontrados dentro de veículos e sob pilhas de neve, enquanto equipes de emergência continuam procurando por pessoas que precisam de resgate. A cidade já acumula 2,4 metros de neve, e os cortes de energia ameaçam as condições de sobrevivência.

— É como ir a uma zona de guerra, a imagem dos veículos jogados para os lados da estrada é impactante — disse a governadora de Nova York, Kathy Hochuel, nascida em Buffalo.

Nos EUA, mortes causadas pela nevasca também aconteceram nos estados de Vermont, Ohio, Missouri, Wisconsin, Kansas e Colorado.

Meteorologistas afirmam que a partir desta segunda a tempestade deve começar a perder força, mas, ainda assim, o conselho para evitar viagens continua. O gelo nas estradas também provocou o fechamento de rotas importantes, como a Interestadual 70, que corta o país e teve trechos interditados no Colorado e no Kansas. A nevasca já chegou a provocar um engavetamento de 50 veículos.

Muitos americanos ficaram sem energia elétrica. Segundo a Associated Press, no domingo foram menos de 200 mil pessoas sem luz, número baixo se comparado ao início da tempestade, com 1,7 milhão sem energia no pais.

Tempestade histórica

A tempestade classificada como “histórica” começou na quarta-feira. Esse tipo de tormenta é provocado por uma “bomba de baixa pressão”, um choque entre duas massas de ar — uma muito fria, do Ártico, e outra tropical, do Golfo do México — agravado por uma queda repentina da pressão atmosférica em menos de 24 horas.

A nevasca provocou o cancelamento de quase 3 mil voos no domingo, além de cerca de 3.500 no sábado e quase 6 mil na sexta-feira, segundo o site especializado FlightAware. Outros mais mil voos foram cancelados nesta segunda-feira, informou o site.

No fim de semana, o secretário federal dos Transportes, Pete Buttigieg, afirmou pelo Twitter que a Administração Federal de Aviação “espera que as interrupções mais extremas tenham ficado para trás, à medida que as operações das companhias aéreas e dos aeroportos se recuperam gradualmente”.

No domingo, os estados mais afetados foram Maine, Nova York, Virgínia, New Hampshire e Pensilvânia. Algumas cidades, em particular na Carolina do Norte, precisaram desativar temporariamente o sistema de energia devido à demanda de eletricidade, o que deixou as casas sem aquecimento.

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