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Músico é morto por PM após reclamar de som alto em condomínio; veja vídeo

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Guilherme Rocha, de 37 anos, foi assassinado na segunda-feira pelo PM Lucas Torrenzani, de 28 anos, que estava embriagado. Caso aconteceu em Vitória, no Espírito Santo

Espírito Santo – O músico, bacharel em direito e empresário Guilherme Rocha, de 37 anos, estava incomodado com o barulho no condomínio, que se repetia madrugada adentro. Por volta de 3h de segunda-feira, ele foi reclamar mais uma vez do som alto que não o deixava dormir.

Ele foi assassinado com um tiro pelo vizinho, o PM Lucas Torrenzani, de 28 anos, que bebia com amigos e, segundo policias, tinha sinais de estar embriagado. Uma câmera interna do condomínio Jardim Camuri, localizado em Vitória, no Espírito Santo, gravou toda a ação.

No vídeo, é possível ver a vítima chegar a área onde o policial estava. Com as mãos para trás, Guilherme fala com Lucas que está com um copo na mão. Começa uma discussão e o PM puxa uma arma, com a qual bate no músico. Ele tenta deixar o local, mas é atingido pelo disparo.

Num primeiro momento, não foi decretada a prisão em flagrante, embora o acusado tenha sido levado no mesmo dia por PMs para a Delegacia Regional de Vitória. A assessoria de imprensa da Polícia Civil do Espírito Santo informou que ele foi ouvido pela autoridade policial, que entendeu, pelas oitivas, que não haviam elementos suficientes para lavrar auto de prisão em flagrante.

O PM chegou a afirmar que foi surpreendido por Guilherme que teria chegado, de acordo com ele, e avançado tentando desarmá-lo. O relato não condiz com o vídeo interno de segurança. Torrenzani também relatou que ele próprio solicitou socorro ao Samu. Por isso, naquele momento, informa a assessoria, o policial militar foi liberado e a arma ficou apreendida.

Soldado da PM, Lucas Torrezani, de 28 anos, matou vizinho com tiro em condomínio de Vitória   — Foto: Reprodução
Soldado da PM, Lucas Torrezani, de 28 anos, matou vizinho com tiro em condomínio de Vitória — Foto: Reprodução

A Polícia Civil disse ainda que, no decorrer do dia, através das investigações, oitivas e diligências, foi verificado que o caso não era de legitima defesa, como alegado inicialmente. O pedido de prisão temporária foi feito contra o PM por homicídio qualificado.

Somente à noite, Lucas Torrenzani foi preso. depois de se apresentar à Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele chegou acompanhado de um advogado e foi encaminhado para o Quartel do Comando Geral da PM em Maruípe.

A arma do militar ficou sob a responsabilidade da Polícia Civil, sendo entregue na 1ª Delegacia Regional juntamente com três carregadores, local para onde foi levado o militar. A Polícia Militar informa que, através de sua Corregedoria, está acompanhando as apurações da DHPP. As providências administrativas pertinentes na esfera militar serão adotadas.

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