O ano está acabando e milhares de famílias permanecem na fila do CadÚnico, aguardando liberação do benefício. Contudo, pode ser que, ano que vem, estas pessoas que têm direito ao Auxílio Brasil fiquem sem acesso ao programa social.
Três meses antes das eleições 2022, Bolsonaro aprovou uma PEC que aumentava o Auxílio Brasil até dezembro e garantia a inclusão de mais famílias beneficiárias.
Apesar de o valor ter sido mantido, a última chamada de inclusão de beneficiários se deu justamente no período das eleições, em outubro. Desde então, milhares de possíveis beneficiários ao Auxílio Brasil estão na fila de espera, sem perspectiva de receber o incentivo do governo.
Teto de gastos dificulta planejamento para ano que vem
No último mês de gestão do presidente Jair Bolsonaro, diversos entraves financeiros estão vindo à tona. Os dados revelam grandes déficits para suprir as necessidades dos setores da Educação, da Previdência, da Segurança etc.
Para possibilitar a manutenção do benefício e o devido gerenciamento, o futuro presidente Luís Inácio Lula da Silva e sua equipe de transição tentam aprovar uma PEC para ‘estourar o teto de gastos’ antes do Natal, cuja tramitação já se encontra no Congresso Nacional.
Muitos beneficiários do Auxílio Brasil passarão por revisão de benefício
A proposta do futuro presidente Lula é garantir R$ 600 mensais de auxílio e pagar um adicional de R$ 150 para famílias que possuam crianças de até 6 anos de idade frequentando a escola. Nesta nova estrutura, o benefício voltará a se chamar Bolsa Família.
Para manter os valores e abarcar o máximo de famílias em situação de vulnerabilidade social, o governo se encarregará de verificar minuciosamente os beneficiários. O intuito é garantir que apenas famílias que se enquadrem nos requisitos recebam os valores, evitando, assim, fraudes.
Dessa forma, o Bolsa Família atenderá pessoas inscritas no CadÚnico que apresentem:
- Renda mensal entre R$ 0 e R$ 105 por mês por pessoa no núcleo familiar;
- Renda mensal entre R$ 105,01 e R$ 210 por mês por pessoa no núcleo familiar; e, além disso, um ou mais membros da família deve ter menos de 21 anos e/ou ser gestante.