O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, determinou nesta terça-feira, dia 4, que a Polícia Federal (PF) investigue institutos de pesquisas eleitorais. Segundo Torres, a requisição para que o trabalho dos institutos fosse investigado atende a uma representação protocolada no ministério.
O ministro não deu detalhes sobre quem pediu a apuração contra os institutos de pesquisa de opinião. Segundo ele, o documento apontou “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados por alguns institutos”. As empresas não foram identificadas.
De acordo com o ministro, uma das intenções do inquérito é dar mais segurança ao eleitor. “É uma atividade feita por empresas e a gente precisa entender isso. Para que a população tenha tranquilidade. Em uma era que se fala tanto de fake news, se uma pesquisa é falsa, fraudulenta, não tem fake news maior do que essa em um momento tão importante para a nação quanto é a eleição. A eleição presidencial principalmente, que vai decidir o rumo do país”, frisou.
“Toda eleição existe esse questionamento. Toda eleição nós temos esses resultados discrepantes das pesquisas e nós precisamos encerrar isso no Brasil. Entender essa metodologia, ver se isso realmente está funcionando. Acho que o inquérito policial é um instrumento adequado para isso”, afirmou Torres, em entrevista à Record TV.
Desde que o resultado do primeiro-turno foi oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados deflagaram uma investida contra as pesquisas. Ministros que despacham no Palácio do Planalto diretamente envolvidos com a campanha à reeleição, como Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fabio Faria (Comunicações) definiram o trabalho dos institutos como “escândalo” e “vergonha”.