O Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo solicitou, no último sábado, 17, a cassação do registro de Pablo Marçal (PRTB). O órgão afirma que o candidato à Prefeitura de São Paulo cometeu abuso de poder econômico.
O pedido ocorreu depois de o MPE receber uma representação do diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de Tábata Amaral.
A também candidata à Prefeitura de São Paulo afirma que o adversário desenvolveu uma “estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos nas redes sociais”. Segundo o PSB, trata-se de uma prática “ilícita e abusiva”.
Além disso, o MPE argumenta que o candidato do PRTB garantiu ganhos financeiros a seus apoiadores para que divulgassem sua propaganda eleitoral, sem declarar a forma de pagamento. Pablo Marçal também é acusado de distribuir brindes com propaganda durante o último Carnaval.
“De acordo com o material e com a documentação anexa, temos que o estímulo das redes sociais para replicar sua propaganda eleitoral é financiado, mediante a promessa de pagamentos aos ‘cabos eleitorais’ e ‘simpatizantes’ para que as ideias sejam disseminadas no sentido de apoio eleitoral à sua candidatura”, afirma o promotor eleitoral Fabiano Augusto Petean.
Pablo Marçal não é o único alvo
O candidato pelo PRTB não é o único alvo do Ministério Público Eleitoral. O órgão também pediu a cassação do mandato de Guilherme Boulos (Psol). O psolista teria praticado abuso de poder político e econômico.
Em ato esvaziado na zona leste de São Paulo, Lula pede voto para o 'companheiro' Guilherme Boulos pic.twitter.com/dRnR2T8N0L
— Revista Oeste (@revistaoeste) May 1, 2024
Irregularidade de Boulos
Para acusá-lo, o MPE se baseou em um evento de 1º de maio, no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou e pediu votos para Boulos.
Na última sexta-feira, 16, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz indeferiu a liminar solicitada pelo Ministério Público contra Boulos. Em relação ao pedido contra Marçal, o juiz ainda não emitiu uma decisão.