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Ministério da Saúde lança guia de prevenção ao HIV para pessoas trans, travestis e não binárias

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Publicação reúne recomendações com foco no uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e da Profilaxia Pós-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV, ISTs e Hepatites Virais (PEP), além de conceitos sobre gênero e sexualidade

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) lançou, na última semana, a versão oficial do Guia para Oferta de Prevenção Combinada ao HIV , com foco em PrEP e PEP, para pessoas trans, travestis e não binárias.

O documento busca subsidiar trabalhadores e gestores de saúde na disponibilização de estratégias de prevenção combinada a essas populações, principalmente com a oferta das profilaxias pré e pós-exposição de risco ao HIV (PrEP e PEP, respectivamente).

Artur Kalichman, coordenador-geral de Vigilância do HIV e da Aids (CGHA), aponta que o foco na comunidade trans é justificado pelo alto índice de vulnerabilidade das travestis e mulheres trans à infecção pelo HIV. “Há estudos que mostram que a prevalência de HIV é de 19,9% nessa população. Isso representa uma chance 66 vezes maior de infecção quando as comparamos com outras pessoas”, afirma. “É preciso apresentar uma resposta que atenda às vulnerabilidades encontradas por essas pessoas no acesso aos serviços de saúde”.

O guia, voltado para profissionais da saúde, apresenta conceitos sobre gênero e sexualidade, noções de prevenção combinada e recomendações sobre como deve ser feita a oferta de profilaxias para o HIV. “Essa iniciativa se soma às nossas múltiplas ações e estratégias de eliminação do HIV e da aids como problemas de saúde pública no Brasil, como o próprio programa Brasil Saudável, que visa agir diretamente na mitigação de determinantes sociais que vulnerabilizam comunidades inteiras”, conclui Artur.

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