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Militantes do MST bloqueiam rodovias em Alagoas e realizam ato em Salvador

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Nesta segunda-feira (14), militantes do Movimento Sem-Terra (MST) bloquearam trechos da BR-104, em União dos Palmares, e da BR-101, em Teotônio Vilela, em Alagoas, em protesto contra o “não cumprimento do acordo junto ao governo do estado” que destina áreas de terras pertencentes ao Grupo João Lyra aos invasores.

As terras fazem parte da antiga usina de cana-de-açúcar Laginha Agroindustrial S/A, que pertencia ao empresário e ex-deputado federal João Lyra Filho, e que teve a falência decretada em 2012. João Lyra Filho morreu em 2021, ele era avô da atual governadora de Pernambuco, Raquel Lyra.

Quando o Grupo João Lyra anunciou a falência da empresa, o MST passou a reivindicar o local. Desde então, os militantes invadiram três usinas falidas no estado: Guaxuma, na região de Coruripe, Teotônio Vilela e Junqueiro; Uruba, no município de Atalaia; e Laginha, em União dos Palmares e Branquinha.

Em 2016, foi iniciado um processo de negociações entre o MST, o governo do estado, a representação da usina falida e o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJ-AL).

“Temos um acordo firmado desde 2016 que sinalizava a destinação de parte das terras que antes pertenciam à Usina Guaxuma e à área da antiga Usina Laginha para fins de reforma agrária popular, mas até hoje não temos avanços significativos nesse tema”, disse a coordenação do MST, em nota.

Atuaram nos bloqueios das rodovias, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento Via do Trabalho (MVT), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e Movimento Terra Livre (TL).

A movimentação, segundo o MST, reuniu centenas de militantes e faz parte da pauta de invasões programada para o chamado “Abril Vermelho”.

Ato em Salvador
Também nesta segunda-feira (14), grupos de militantes do MST de várias partes da Bahia convergiram para a capital, Salvador, onde se reuniram em um acampamento montado no estacionamento da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

De acordo com o MST, o acampamento “tem como objetivo dialogar com os governos estadual e federal para que avancem em pautas urgentes da reforma agrária popular”. 

“Entre os principais pontos estão o destravamento de assentamentos já existentes, a obtenção de novas áreas para o assentamento de famílias acampadas e o fortalecimento de políticas públicas voltadas à produção camponesa”, disse o movimento em nota.

O grupo pretende manter o acampamento até o dia 17 de abril e pretendem realizar reuniões  com o Incra, com secretarias do governo estadual.