A era dos robôs operários chegou — ao menos, em algumas fábricas da Mercedes-Benz. A icônica marca de automóveis deu início ao teste de máquinas humanoides em duas unidades de produção: uma em Berlim e a outra em Kecskemét, na Hungria.
Fornecidos pela Apptronik, eles recebem o nome de Apollo. As máquinas humanoides nas linhas de produção da Mercedes-Benz não recebem salários e nem estão em sindicatos, mas têm semelhanças notáveis com os humanos.
Na cabeça, há duas câmeras no lugar dos olhos. Eles estão presos a um tronco, de onde saem braços com dobras e mãos com cinco dedos, além das pernas, articuladas como as de um humano, ligadas aos pés. A altura é cerca 1,7 m e o peso, por volta de 70 kg.
Inicialmente, seres humanos os operam. Contudo, a fase de operação deve proporcionar aos robôs condicionamento para que elas passem a repetir as tarefas sozinhas, como os operários depois de um treinamento adequado.
A fabricante de robôs operários
Com sede no Texas, Estados Unidos, e Apptronik foi Fundada em 2016. Em fevereiro de 2025, a companhia anunciou investimentos para a produção em série do Apollo. De acordo com a Reuters, foram US$ 300 milhões captados no mercado para desenvolver os robôs humanoides.
O CEO da fabricante dos robôs operários disse em fevereiro que esses equipamentos representam um ponto de inflexão para a indústria.
“A maneira como penso sobre robótica e IA é que é muito semelhante aos grandes modelos de linguagem em 2023”, afirmou Jeff Cardenas. “Então, acho que 2025 é quando você verá muita atividade na área de robótica.”
Há planos de ampliar a aplicação. Os novos usos podem envolver, inclusive, a área da saúde e cuidados com idosos. De acordo com a Apptronik, o Apollo é um “robô humanoide de propósito geral”.