As três garotas de 11 e 13 anos que eram estupradas pelo pai há 3 anos, contaram à polícia que sofriam ameaças por parte do homem.
“Nesse contexto de violência doméstica, as meninas tinham muito medo de falar e relatam que ele fazia ameaças, inclusive contra a genitora”, diz a delegada Joyce Coelho, que acompanha o caso.
Conforme Joyce, mesmo fora de casa, após ser denunciado pelo mesmo crime cometido contra a enteada de 19 anos e a sobrinha de 10 anos, o homem fazia questão “da convivência com as filhas” e aproveitava esses momentos para estuprá-las e ameaçá-las.
“Por esse mandado de medida protetiva anterior proteger somente a enteada e a sobrinha, ele acabava se utilizando disso e de forma bastante afrontosa, começou a questionar por que não poderia ficar perto das filhas, já que não tinha medidas protetivas específicas contra elas”, destaca.
A delegada afirma que a partir da prisão do pai, as meninas devem ser ouvidas novamente e revelar detalhes do crime, já que estavam muito aterrorizadas pelas ameaças feitas pelo homem.
Elas, a irmã mais velha e a prima devem receber acompanhamento psicológico, sobretudo, a vítima de 19 anos, que apresenta comportamento suicida por conta dos abusos e a garota de 13 anos que é autista.