Durante o evento que lançou a pré-candidatura de Michelle Andrews a vereadora de Manaus no último sábado (18), o pré-candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Ramos e Eron Bezerra, pré-candidato à prefeitura pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), demonstraram clima de racha que já ocorre na federação de Lula, de acordo com a BandNews Difusora.
Ambos são pré-candidatos à Prefeitura de Manaus pelo grupo partidário composto pelo PT, PCdoB e PV da Federação Brasil da Esperança.
Diferente de outros momentos, os dois políticos não se cumprimentaram durante o evento ou sequer subiram juntos no palanque. O fato é interpretado por dirigentes das duas siglas como um sinal de distanciamento entre os dois. Assim que Eron Bezerra chegou ao local, Marcelo Ramos saiu. Foi presenciado o momento em que ambos permaneceram no mesmo espaço, mas não se falaram.
Ao ser questionado, Eron Bezerra disse que não viu Marcelo Ramos. No entanto, deu o tom do que pode ocorrer nos próximos dias. De acordo com o político, caso a federação defina a escolha por Marcelo, ele respeitará a decisão, mas manterá o que chamou de “observações críticas”.
“Eu não me presto a ser peteleco, falar aquilo que os outros querem que eu fale não. Se eu falar alguma coisa, é porque eu defendo aquilo, portanto, eu não tenho porque mudar minha opinião. Se eventualmente, a federação não optar pelo meu nome, é um direito dela, e um direito meu é manter minhas opiniões respeitando a decisão porque é uma questão de disciplina coletiva”, disse Eron Bezerra.
Eron Bezerra também lamentou as declarações do vereador Sassá da Construção Civil do PT contra a sua pré-candidatura. Na última semana, o vereador defendeu a pré-candidatura de Marcelo Ramos, mas também registrou presença no evento do prefeito David Almeida (Avante), pré-candidato à reeleição.
Para Bezerra, o fato é um sinal que abre dúvidas a respeito da pré-candidatura a prefeito de Marcelo Ramos.
Presente no evento antes de Eron Bezerra, Marcelo Ramos disse que sua presença no ato representa a unidade que busca construir na federação. Ainda com o impasse em torno do nome do grupo, Ramos espera ainda que o PCdoB chegue a um entendimento e compreenda que “por uma questão conjuntural” seu nome é o mais viável para a disputa eleitoral majoritária.
Para o pré-candidato do PT, é natural que o PCdoB tenha uma pré-candidatura e a utilize para apresentar ideias e projetos para a cidade. Ele também abriu a possibilidade de incorporar algumas das propostas da legenda a um futuro plano de governo.
