O prefeito de Manaus David Almeida (Avante) é o pré-candidato mais rejeitado pelos eleitores manauaras, alcançando um índice de rejeição de 23,1%, de acordo com a pesquisa eleitoral divulgada pelo Instituto Eficaz nesta quarta-feira (7). A informação é do Radar Amazônico.
Considerando dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o eleitorado de Manaus é composto por 1,4 milhão de pessoas, isso significa que 330 mil eleitores não votariam em David Almeida. Precisamente, 334.355 eleitores rejeitam a candidatura do atual prefeito.
Em segundo lugar no ranking de rejeição, está o ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT), com 21,8% de rejeição, representando mais de 315,5 mil eleitores que não pretendem votar no candidato petista. Já o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) ocupa a terceira posição entre os mais rejeitados, com 13% de rejeição, correspondendo a 188,1 mil eleitores.
Menos rejeitados
No outro extremo, o pré-candidato menos rejeitado pelos manauaras é o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza), com apenas 5% de rejeição, o que equivale a 72.371 eleitores. O deputado estadual Roberto Cidade (União) é rejeitado por 5,3% do eleitorado, cerca de 76.714 eleitores. Alberto Neto (PL) tem 6,8% de rejeição, representando 98.425 eleitores, e a pré-candidata do NOVO, Maria do Carmo, aparece com 7,3% de rejeição, o que significa 105.662 eleitores.
A pesquisa do Instituto Eficaz foi realizada entre os dias 5 e 6 de julho, ouvindo 1004 eleitores. A margem de erro é de 3,2% e o estudo está registrado no Superior Tribunal Eleitoral com o número AM-00168/2024. O estatístico responsável pela pesquisa é o professor Erico Jander da Silva Lopes (CONRE-8940).
Espiral de rejeição
As pesquisas eleitorais têm mostrado um crescimento constante na rejeição de David Almeida. Em março, a rejeição do prefeito estava em 20%, mas as últimas pesquisas indicam um aumento significativo. Em maio, uma pesquisa divulgada pelo Direto ao Ponto revelou que Almeida atingiu um recorde de 43,2% de rejeição, dobrando o percentual registrado no início do ano.
A cientista política Deysi Cioccari, em entrevista, comentou que a rejeição é um indicador mais importante que a intenção de voto, pois é uma decisão difícil de ser revertida. “A rejeição é muitas vezes mais importante que a intenção de voto. Ela é muito difícil de mudar. Quando você diz que não gosta de um candidato, é porque tem o mínimo conhecimento sobre ele”, afirmou Cioccari.
O estatístico Edmilson Silva, do Instituto EAS, também comentou sobre a situação em maio, dizendo que um alto índice de rejeição é preocupante para qualquer candidato. “Meu estudo é muito técnico, da estatística. Não me dou ao luxo de opinar sobre ciências sociais ou políticas. Mas em termos estatísticos, é algo preocupante para qualquer candidato que chegue a um percentual deste”, afirmou Silva.