O total de brasileiros com contas em atraso chegou a 63 milhões em abril de 2021, após uma alta de 0,7% em relação ao mês anterior. O índice também é o maior desde agosto do ano passado, quando 39,5% da população adulta estava nesta situação. Com quatro meses de registros altos, 2021 acumula 1,6 milhão de pessoas que deixaram de pagar suas dívidas e acabaram sendo negativadas.
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a redução do auxílio emergencial dado pelo governo e o alto número de desempregados são alguns dos fatores que contribuem para essa tendência de alta, que deve continuar nos próximos meses:
— Além desses pontos, os aumentos das taxas de juros e da inflação comprometeram a renda da população. As pessoas tiveram que priorizar os pagamentos, o que acabou deixando pendências pelo caminho — comenta.
No comparativo com abril do ano passado, quando houve o recorde da série histórica de inadimplentes, abril de 2021 teve queda de 4,4% no número de inadimplentes.
Os setores que apresentaram o maior crescimento no acumulado de dívidas são o de utilities (água, luz e gás) e financeiro, junção de bancos e cartões com as financeiras.
Quem tem dívidas pode buscar renegociar diretamente com o credor ou por intermédio da Serasa. A planejadora financeira e professora de Economia da ESPM Paula Sauer, que dá dicas abaixo, recomenda e pede atenção para não cair na armadilha novamente:
— Renegociar e pagar a dívida é importante. Renderá ao inadimplente horas melhores de sono, maior produtividade no trabalho e tranquilidade para a família. Mas para que isso tudo aconteça, é necessário identificar o gatilho que deu origem à dívida, seja uma queda abrupta na renda, perda de emprego, doença na família ou questões comportamentais.
Como negociar uma dívida com o credor
1- Guarde todas as cartas de cobrança, mesmo que não haja recursos para efetuar o pagamento. São documentos que podem ser solicitados em uma renegociação.
2- Antes de procurar o credor, estude sua vida financeira. Calcule entradas e saídas do orçamento mensal, dividindo os pagamentos entre fixos ou não, indispensáveis ou supérfluos.
3- Em muitas situações, apertar os cintos não significa sair cortando tudo, mas fazer boas escolhas. Priorize o que você não abre mão, e diminua, ou mesmo eventualmente corte o que não te parece tão imprescindível.
4- Converse com a família sobre a mudança no cenário econômico e envolva a todos na busca de uma solução. Caso contrário, o provedor ficará sobrecarregado, se os demais membros da família não mudarem o comportamento financeiro.
5- Descubra o tamanho da sua dívida, ou seja, quanto você deve, com taxas de juros e outros encargos aplicados. Alguns credores já fornecem essa informação em suas plataformas on-line. Mas, se for preciso, procure outra forma de contato e solicite o dado.
6- Peça ajuda à família e venda algum bem, se for possível, para abater a dívida.
7- Os Procons, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e as Defensorias Públicas podem auxiliar na elaboração de uma proposta de renegociação.
8- Na mesa de negociação, seja honesto com suas possibilidades de pagamento, nem uma parcela tão pequena para não pagar juros por anos a fio, nem uma parcela contando com uma renda futura, uma possibilidade de renda, emprego. Se comprometa com o que é possível se comprometer de imediato.
9- Não entre em uma renegociação contando com uma entrada futura de recursos. Esta pode não acontecer, e o devedor pode ficar mais uma vez inadimplente.
10 – Não assine um contrato sem entender seu conteúdo. Peça a ajuda de um profissional, se for o caso.
11- Mantenha a calma. O impacto emocional pode conduzir a erros sistemáticos no momento da tomada de decisão.
12 – Faça uma reflexão e verifique se estar endividado está relacionado a uma circunstância eventual, ao cenário econômico, ou se isso está relacionado a maneira que se relaciona com o dinheiro. Perder o controle é um comportamento frequente? Mais do que renegociar, é preciso repensar o consumo e a relação com o dinheiro.
Serasa ajuda, online, em quatro passos
Canais de atendimento
Site: serasalimpanome.com.br
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1º Passo – Acesse o site www.serasa.com.br/limpa-nome-online ou baixe o aplicativo no celular, digite o CPF e preencha um breve cadastro. Com isso, é possível usar os serviços com a garantia de que só você tem acesso aos seus dados. O consumidor também pode regularizar débitos financeiros pelo WhatsApp, através do número (11) 98870-7025.
2º Passo – Ao entrar na plataforma, todas as informações financeiras do consumidor já aparecerão na tela, incluindo as dívidas que tiver. Se quiser conhecer as condições oferecidas para pagamento, basta clicar em uma delas e serão apresentadas as opções para renegociar cada débito.
3º Passo – Depois que você escolher uma das opções de valor, é só escolher se vai ser à vista ou em parcelas e a melhor data de vencimento.
4º Passo – A plataforma da Serasa gera um ou mais boletos, dependendo da forma de pagamento escolhida, já com a data de vencimento correta. O boleto poderá ser pago tanto on-line quanto na agência do banco ou casa lotérica.