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Lula volta a dizer que intervirá nos preços da Petrobras se for eleito

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"Não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa", diz o ex-presidente e pré-candidato pelo PT à Presidência da República

O ex-presidente e pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República afirmou no Twitter nesta quinta-feira (3/2) que, caso seja eleito, romperá com a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), vigente na Petrobras desde 2016.

“Não pode enriquecer o acionista [da estatal] e empobrecer a dona de casa”, escreveu na publicação, explicando que não manterá o “preço dolarizado”.

Em entrevista à Rede de Rádios Paraná, o candidato disse que os acionistas não são prioridade. Afirmou também que as expectativas para o Brasil em 2022 eram de uma posição econômica muito melhor. “Nós esperávamos um Brasil desenvolvido em 2022, com 200 anos da independência. E chegamos aqui com uma crise sanitária e um presidente irresponsável”, disse Lula, referindo-se ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ele já havia declarado os planos de intervenção na Petrobras anteriormente. Em outubro, por exemplo, disse que é responsabilidade do governo controlar os preços “subordinados” a ele. “Se o governo não controla os preços que estão subordinados a ele, não tem moral sequer para passar confiança”, afirmou.

A discussão acerca dos preços dos combustíveis é protagonista na política neste início de ano devido às altas sucessivas no custo da gasolina e diesel, pressionando a inflação e a economia familiar.

A resposta recorrente da Petrobras é que ela apenas replica os preços internacionais. Como o petróleo está em alta, o valor de seus derivados é diretamente afetado. A empresa destaca que interferência política nos preços dos combustíveis pode impulsionar sua desestruturação, como em governos anteriores.

Em novembro, porém, Lula declarou que adotará a mesma política de preços que marcou os governos do PT no período entre 2003 e 2016, no seu próprio mandato e no da ex-presidente Dilma Rousseff.

“Fui oito anos presidente da República. A Dilma foi por seis anos. A gente tinha efetivamente uma política de preços compatíveis com a sobrevivência boa da Petrobras”, afirmou.

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