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Lula: “Recusamos polícia matando crianças de 5 anos com bala perdida”

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Presidente Lula discursou contra violência policial e política armamentista em cerimônia de lançamento do Plano Plurianual 2024-2027

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (30/8), que o povo brasileiro não quer uma sociedade em que a polícia mate crianças de 5 anos com bala perdida. A fala ocorreu em cerimônia de lançamento do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, realizada no Palácio do Planalto.

Em fala de improviso, após leitura de um discurso, Lula disse:

“O que é mais importante é que o nosso povo descobriu que, somente através de um processo democrático, é possível a gente construir a chamada sociedade justa, igualitária. A sociedade em que todos aqueles que podem têm que estender a mão para aqueles que não podem, para que a gente tente ser mais iguais. Uma sociedade em que nós não recusamos a polícia, mas recusamos a polícia matando crianças de 5 anos com bala perdida ou jovem de 14 anos”.

Esse é mais um discurso feito por Lula contra armas e violência policial. Em meados de agosto, sem citar diretamente o nome da vítima, o presidente faz menções à morte da menina Eloah da Silva dos Santos, de 5 anos, baleada enquanto brincava dentro de casa, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, no último dia 12.

O mandatário ainda fez referência ao 8 de Janeiro como uma “tentativa de golpe” e disse que nos últimos anos o país foi tomado “pelo ódio, pela mentira e pelas armas”.

Lula lança PPA

Lula assinou nesta quarta o projeto de lei do PPA, elaborado com base em demandas da população, que foram colhidas em eventos presenciais nos estados e por uma plataforma virtual. O projeto será enviado ao Congresso Nacional para análise e votação.

O PPA é uma das peças orçamentárias, definida na Constituição. Ele estabelece as prioridades do governo para o ciclo de quatro anos e é um guia para os orçamentos anuais, pois nenhum programa pode constar do orçamento federal se não estiver previsto no PPA. O texto precisa ser votado pelos parlamentares até 31 dezembro deste ano.

De acordo com o governo, o plano tem 88 programas. A plataforma Brasil Participativo, ainda de acordo com o Planalto, colheu 8.254 propostas da sociedade.

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