Com a prisão de Valdemar Costa Neto e com a impossibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de manter contato com envolvidos na operação Tempus Veritatis, o Partido Liberal vai apostar em Michelle Bolsonaro para ser a força motriz nas eleições de 2024.
Claro que o período eleitoral está a alguns meses longe, mas o partido quer se antecipar caso as medidas impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, não sejam revertidas.
O palpite do PL é que Valdemar logo ganhe um habeas corpus e não fique muito tempo preso pela arma ilegal e pela pepita de ouro também ilegal encontradas em sua casa. Logo, o cacique conseguirá comandar o partido no pleito deste ano. Mas, com a proibição de conversar com Bolsonaro, sobrará para Michelle ser o elo entre os dois.
O planejamento do partido já previa usar e abusar da imagem da ex-primeira-dama para a eleição, mas agora ela fará parte da comissão de frente das campanhas municipais.
A aposta é que a popularidade de Michelle siga inabalada mesmo com a possibilidade de mais operações contra o marido e até mesmo um improvável pedido de prisão.
O PL também quer uma proatividade maior de Michelle para apoiar quem quiser com mais afinco. O protagonismo dela é muito benquisto pelo partido. Inclusive, a ideia de gravar um vídeo na sede da sigla, em Brasília, negando que estivesse viajando aos Estados Unidos partiu dela. A iniciativa ganhou pontos na cúpula da sigla.