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Lula diz que Bolsonaro “tramou” suposta tentativa de golpe: “Covarde”

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O petista declarou que o ex-presidente não conseguiu executar os planos, fugiu para Miami e “meteu o rabo entre as pernas”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 6ª feira (7.mar.2025), sem citar nominalmente Jair Bolsonaro (PL), que o ex-presidente foi “covarde”“tramou um golpe” e fugiu do país “com o rabo entre as pernas”. O petista discursou em evento com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) para a entrega de terras em Campo do Meio (MG).

“Ele sabe que cometeu um deslize nesse país. Vejam que eu nem trato das minhas questões pessoais. Ele foi covarde, tramou um golpe, tramou a morte de um presidente da República, do vice, do presidente da Justiça Eleitoral e quando ele não conseguiu, ele meteu o rabo no meio das pernas, fugiu para Miami e deixou os parceiros dele. É por isso que ele tem que ser julgado. Ele que tenha a coragem que eu tive. Se é inocente, brigue pela sua inocência”, disse.

Investigações da PF (Polícia Federal) indicam que Bolsonaro sabia do plano para matar Lula, o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O objetivo era impedir a posse do governo eleito.

Nesta 6ª feira (7.mar), Lula também declarou que Bolsonaro está com medo de ser condenado na Justiça e, por isso, pede por anistia mesmo antes de ser julgado.

“A fábrica da mentira desse país foi divulgada pelo presidente da República que esse país teve que se diz inocente, mas está pedindo anistia antes de ser julgado. Ele deveria ter coragem de esperar o julgamento e provar sua inocência antes de ficar pedindo anistia. Na verdade, ele está com medo”, afirmou Lula.

BOLSONARO DENUNCIADO

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou em 18 de fevereiro Bolsonaro e mais 33 pessoas envolvidas no inquérito que apura o que seria uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022 –vencidas pelo atual presidente Lula. Eis a íntegra (PDF – 6,1 MB).

A denúncia foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no STF (Supremo Tribunal Federal). Também foram denunciados o ex-ministro e ex-vice na chapa de Bolsonaro, o general Braga Netto; e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Os denunciados por Gonet respondem pelos crimes apontados pela PF no relatório, de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Além disso, Gonet apresentou mais 2 crimes na denúncia: dano qualificado com violência e deterioração contra o patrimônio tombado. Os crimes somam até 43 anos de prisão.

Leia abaixo a pena determinada para cada crime:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito – 4 a 8 anos de prisão;
  • golpe de Estado – 4 a 12 anos de prisão;
  • integrar organização criminosa armada – 3 a 17 anos de prisão;
  • dano qualificado contra o patrimônio da União – 6 meses a 3 anos; e
  • deterioração de patrimônio tombado – 1 a 3 anos.

As penas para integrantes de organização criminosa aumentam para quem exerce o seu comando e se na atuação houver emprego de arma de fogo. Bolsonaro foi apontado por Gonet como o líder do grupo que planejou o golpe.

Agora, o Supremo decide se recebe a denúncia e torna réus os indicados pela PGR. Nesse caso, eles passariam a responder a uma ação penal na Corte. 

Um processo penal envolve audiências com os acusados, interrogatórios e outras etapas. Passados os requerimentos e diligências, são feitas as alegações finais e a Corte profere uma decisão sobre as penas de cada um dos envolvidos.

O Supremo também pode mandar o caso de volta para a 1ª Instância –nesse caso, uma eventual prisão de Bolsonaro seria mais demorada. 

*Com informações Poder360