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Lula continua mentindo sobre a Lava Jato

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A Operação Lava Jato já está praticamente morta e enterrada graças ao trabalho do Supremo Tribunal Federal e outras instituições, por meio da anulação de provas, penas e processos, da declaração de suspeição de juízes que atuaram na operação, e da perseguição a alguns agentes públicos que ajudaram a combater a ladroagem. Mas Lula não se esquece, e continua aproveitando as oportunidades para reescrever a história da Lava Jato, mentindo sobre a operação, sobre o que ela fez e sobre o que pretendia, e jogando nas costas da extinta força-tarefa e dos magistrados que julgaram os corruptores e corruptos a responsabilidade por algo que, no fim das contas, quem faz é o próprio Lula: destruir estatais.

Na segunda-feira, dia 17, em evento da Petrobras no Rio de Janeiro, Lula afirmou que a Lava Jato pretendia a “destruição da indústria de engenharia desse país, e a tentativa de destruir a Petrobras criando uma imagem negativa no mundo”, discurso ecoado por uma das integrantes do Conselho de Administração da estatal, Rosangela Buzzanelli, para quem “a Petrobras foi dilacerada pela operação, uma operação que gerou mais de 4 milhões de desempregados e que dizimou a nossa engenharia nacional”. As falas remetem não apenas à Petrobras, mas às empreiteiras envolvidas no escândalo e à indústria naval, também envolvida no petrolão.

Quem “dilacerou” a Petrobras foi o petismo, não a força-tarefa do Ministério Público Federal, nem os juízes que condenaram os integrantes do esquema

Muito mais certeiras são as palavras do então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em 2019, quando esteve em Curitiba para receber R$ 424 milhões recuperados pela Lava Jato (uma pequena parcela do total que a operação resgatou para a estatal): a Lava Jato “salvou a Petrobras”. Se ela tivesse continuado a ser pilhada pelo petismo, em conluio com partidos aliados e empreiteiras, teria afundado ainda mais do que afundou – a ladroagem e decisões de negócio grotescas levaram a Petrobras a se tornar, em meados da década passada, a empresa petrolífera mais endividada do mundo.

Quem “dilacerou” a Petrobras, para usar as palavras da conselheira Buzzanelli, foi o petismo, não a força-tarefa do Ministério Público Federal, nem os juízes que condenaram os integrantes do esquema. A documentação a esse respeito é farta, e as decisões do Supremo que tornaram boa parte dela impossível de usar em um tribunal não a torna mentirosa ou falsa. A ladroagem existiu, como fez questão de dizer o ministro do STF Luiz Fux em 2022, quando Lula já estava solto e sua ficha já tinha sido limpa pelo Supremo.

O mesmo se pode dizer das empreiteiras, que sofreram as consequências não da Lava Jato, mas das decisões equivocadas tomadas por donos e CEOs que entraram de cabeça no esquema de corrupção. Quem culpa a Lava Jato pelos prejuízos decorrentes da aplicação das leis brasileiras (uma das quais assinada por uma presidente petista, Dilma Rousseff), no fundo, quer dizer que teria sido melhor para o país que a corrupção jamais tivesse sido descoberta e exposta ao país. Se não fosse pela renitente desonestidade intelectual do petismo, seria quase desnecessário dizer que, se Odebrecht, OAS, UTC e várias outras empresas jamais tivessem aderido ao petrolão, as dificuldades que as acometeram depois jamais teriam acontecido. Que o diga a Sete Brasil, o delírio de Lula para a indústria naval brasileira, que teve sua falência decretada em dezembro do ano passado e só entregou 4 das 28 sondas de perfuração que havia sido contratada para construir, a um custo bilionário.

Os únicos culpados pelos prejuízos e pelos empregos perdidos são aqueles que orquestraram e conduziram o petrolão, jamais aqueles que desvendaram os esquemas, o expuseram ao Brasil e lutaram heroicamente para conseguir a punição dos que participaram da ladroagem. E, enquanto Lula mais uma vez diz que procuradores e juízes “destruíram” empresas, é seu governo que preside um déficit recorde nas empresas estatais, metade do qual corresponde apenas aos Correios. Isso não tem impedido tais empresas de seguir despejando dinheiro em eventos com a participação de Lula, ou em publicidade em sites chapa-branca. Não é preciso ir muito longe para ver quem realmente se empenha em acabar com a saúde financeira das estatais.