A bailarina Natacha Horana, presa na última quinta (14/11) em São Paulo, possui longa ficha corrida de episódios polêmicos, passagens pela polícia e até expulsão de programa de televisão.
Natural de Jundiaí, região metropolitana de São Paulo, Natacha tem 33 anos de idade e é formada em organização de eventos e artes cênicas. No teatro, a bailarina esteve em cartaz durante dois anos em São Paulo.
O maior destaque na carreira foi quando foi bailarina do “Domingão do Faustão”, na Globo, entre 2015 e 2021, e do “Faustão na Band” durante apenas um mês em 2022. A passagem na emissora, porém, teve percalços. Em 2018, Natacha foi expulsa do “Dança dos Famosos” após uma briga feia com Sérgio Malheiros nos bastidores do quadro. Na ocasião, o ator pediu a demissão de Horana para a direção do Domingão.
Outro obstáculo foi a prisão em julho 2020, em Balneário Camboriú (SC), por desacato a policiais militares, que atenderam a um chamado de uma festa clandestina durante a pandemia de Covid-19 com som alto e mais de vinte convidados. Em setembro do mesmo ano, já estava de volta ao programa dominical da Globo.
Além da televisão, Natacha era destaque no carnaval, tanto paulista quanto carioca. A bailarina chegou a desfilar pela Gaviões da Fiel, em SP, e pela Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos da Vila Isabel, no Rio.
Em janeiro de 2023, Natacha sobreviveu a um incêndio em um barco em Fernando de Noronha (PE). A bailarina precisou ser hospitalizada após ser resgatada com amigas por pescadores.
Nova prisão em 2024
Natacha Horana foi presa em São Paulo na última quinta (14/11) em uma operação que apura uma conexão com crimes de lavagem de dinheiro e associação com um esquema de tráfico de drogas. A ação foi parte de uma investigação conduzida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, que identificou a ex-dançarina como uma das pessoas envolvidas em movimentações financeiras suspeitas, possivelmente usadas para ocultar a origem ilícita de recursos provenientes do tráfico.
Durante a operação, as autoridades apreenderam bens de alto valor de Natacha, incluindo um veículo e bolsas de grife, além de R$ 119.650 em espécie. Esse montante e os objetos apreendidos foram considerados parte das evidências que ligam a ex-bailarina à organização criminosa investigada. A operação visou desmantelar um esquema maior de lavagem de dinheiro que utilizava figuras públicas e canais diversos para camuflar a circulação de dinheiro obtido de atividades ilegais.
A Justiça do Rio Grande do Norte negou o pedido de habeas corpus para Natacha Horana por falta de argumentos suficientes apresentados pela defesa. A solicitação foi feita em 15 de novembro, um dia após a prisão e durante o feriado de Proclamação da República, e a nova manifestação da defesa deve ser adicionada ao processo nesta semana.