Ganhar ou perder da Bolívia não faria a menor diferença para o Brasil na classificação das Eliminatórias Sul-Americanas, mas acabou recolocando a Seleção Brasileira no topo do ranking da Fifa, tomando o lugar da Bélgica, depois de quase quatro anos.
O jogo, na altitude de 3.600 metros de La Paz, serviu de teste para alguns novatos – como Bruno Guimarães, um dos melhores em campo – e mostrou um time comprometido e empenhado.
Pra não dizer que foi tudo perfeito, eu vi um excesso de erros do time de Tite nas saídas de bola. Outra coisa: o excelente zagueiro Marquinhos anda falhando mais do que o normal. De qualquer forma, o Brasil fez a melhor campanha da história nas Eliminatórias.
Tite falou sobre o esforço desumano de jogar na altitude e foi xingado por um “mané” boliviano, que o chamou de “covarde”.
É preciso lembrar que, em 2007, a Fifa lançou uma norma que determinava que “no melhor interesse da saúde dos jogadores”, partidas de futebol não poderiam mais ser realizadas acima de 2.500 metros de altitude.
Houve grade pressão política e as próprias confederações sul-americanas acabaram pedindo à Fifa para derrubar a determinação, menos de um ano depois. Mas que continua sendo “desumano”, continua, sim.
E, pra concluir, ainda sobre o ranking da Fifa, isso não muda a configuração do sorteio para a equipe de Tite. Como já se sabe, Brasil e Bélgica serão cabeças-de-chave dos potes, assim como Catar (país sede), França, Argentina, Inglaterra e Espanha (equipes mais bem posicionadas no ranking). Portugal, que hoje ganhou da Macedônia do Norte na repescagem europeia, também ocupará o pote 1.
Mas chegar na Copa do Mundo no topo do ranking vai dar um pouco mais de moral à rapaziada.