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Líder do PSDB no Senado, Plínio Valério, dá sinal verde para anistia

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'O país precisa de pacificação', afirma Plínio Valério

A oposição no Senado Federal vê com apreensão a eventual chegada do projeto de anistia aos presos por envolvimento no 8 de janeiro. O líder do PSDB na Casa Alta, Plínio Valério (AM), declarou que o resultado da tramitação é incerto sob a presidência de Davi Alcolumbre. Indagado por Oeste, Valério afirmou apoiar a proposta.

“Não sei avaliar o cenário aqui no Senado ainda”, disse o líder do PSDB no Senado. “Dependerá de como as discussões se desenrolarão na Câmara dos Deputados.

Valério afirmou também que a anistia aos presos do 8 de janeiro é determinante para a pacificação do país.

“O país precisa de pacificação, as penas aplicadas estão totalmente desproporcionais”, afirmou o senador. “Não há dosimetria nas penas. Tem pessoas que não participaram dos atos violentos e seguem presas.”

“Não temos os votos para a anistia”, diz Mourão

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente da República, afirmou que ainda não há respaldo suficiente no Senado Federal para aprovar a proposta de anistia.

“Avalio, com base na situação de hoje, que ainda não temos os votos necessários”, disse Mourão a Oeste. “Vamos trabalhar para obtê-los.”

Mourão acrescentou, porém, que é a favor da proposta. Ele defende a tese de que a anistia foi um recurso utilizado em momentos decisivos da história brasileira. E, portanto, seria pertinente no cenário atual.

No entanto, o ambiente político na Casa Alta é adverso. A oposição avalia que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), atua na contramão dos que apoiam a proposta. O motivo, apontam, seria o claro alinhamento dele com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — marcado por denúncias de corrupção, aparelhamento do Estado e ingerência sobre as instituições.

Magno Malta enquadra Alcolumbre

O vice-líder da oposição no Senado, Magno Malta (PL-ES), manifestou frustração com a postura de Alcolumbre. Segundo Malta, o presidente da Casa se distancia das promessas feitas à base oposicionista que o apoiou para o comando do Congresso — com aval do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Meu relacionamento com o senador Davi Alcolumbre, no âmbito pessoal, sempre foi tranquilo”, afirmou Malta. “Não tenho nada contra ele. Pelo contrário, temos uma boa convivência. Ele é uma pessoa que se relaciona bem com os outros. Isso facilita o diálogo.”

Ainda assim, Malta foi categórico ao apontar o distanciamento político entre ambos. “Quando o assunto é política, as diferenças ficam claras”, disse o senador pelo Partido Liberal do Espírito Santo. “Davi não deixa dúvidas sobre suas posições, pensamentos e alinhamentos. Ele expressa isso abertamente, e eu sempre soube onde cada um de nós se posiciona. No embate político, estamos em lados opostos. Simples assim.”

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