Todo casal de gay ou lésbica que more no Brasil já sofreu crime de homofobia. Um desses casos ocorreu no momento que Bianca dos Santos Ventura, de 23 anos, e a noiva Isabella Santiago Pereira, de 21, planejavam o orçamento do casamento delas para 2024.
De acordo com elas, tudo começou quando foram pedirem informações a um celebrante que oferecia, além da cerimônia, espaço e serviços para a festa, como decoração e buffet, elas ouviram que ele não realizava casamentos homoafetivos.
A noiva escreveu para o número de contato disponível no site da empresa e o celebrante Omar Zaracho perguntou o nome “dos noivos” —diante da resposta: “Isabella e Bianca”, o homem continuou: “Sou especializado apenas em cerimônias heterossexuais, portanto não realizo cerimônias homoafetivas”, justificando a decisão por seu “grau de profissionalismo”.
Horas depois, nas redes sociais, ele escreveu que “a procriação só é possível entre um homem e uma mulher”, mencionando Deus e trechos da Bíblia.
Nos comentários, o celebrante disse, ainda, que numa cerimônia homoafetiva “não tem como usar as bases da cosmovisão cristã, pois a própria natureza nega a reprodução entre casais do mesmo sexo”.