Mundo – A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, embarcou discretamente para o Japão no dia (17/3), uma semana antes da chegada oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país. Além disso, fontes confirmaram que, após a estadia no Japão, Janja seguirá para Paris, onde participará da chamada “Cúpula Nutrição para o Crescimento”, organizada pelo governo francês. O que chama atenção nessa agenda é a falta de transparência e a antecipação do deslocamento da primeira-dama, sem explicações detalhadas do Palácio do Planalto.
Diferentemente de outras ocasiões em que Janja compartilhou suas viagens e compromissos nas redes sociais, dessa vez sua ida ao Japão ocorreu sem anúncio oficial, levantando questionamentos sobre os reais motivos dessa antecipação. Até o momento, a assessoria da Presidência não esclareceu os custos da viagem, se foram cobertos com recursos públicos e qual a justificativa para sua estadia prolongada fora do Brasil.
Setores políticos e analistas especializados observam que a movimentação pode indicar um distanciamento estratégico da primeira-dama em relação ao presidente Lula, principalmente diante das recentes tensões políticas e desafios enfrentados pelo governo. Janja tem desempenhado um papel cada vez mais ativo e independente, o que gera especulações sobre seu real papel dentro do Palácio do Planalto e sua influência nas decisões presidenciais.
O que há por trás do roteiro para Paris?
A decisão de Janja de estender sua viagem para a França também desperta curiosidade. Oficialmente, sua participação na Cúpula Nutrição para o Crescimento foi confirmada como parte de um compromisso diplomático, mas sem detalhes claros sobre sua função específica no evento. A ausência de Lula na programação do encontro em Paris reforça a tese de que sua esposa deseja manter uma agenda internacional independente.
Além disso, a viagem acontece em um momento delicado para o governo, que enfrenta dificuldades econômicas e debates acalorados sobre o corte de gastos e a necessidade de ajuste fiscal. O uso de dinheiro público para bancar a estadia de Janja fora do país, se confirmado, pode gerar forte reação da oposição e da opinião pública.
Gastos e impacto político
Outro ponto que precisa ser esclarecido é o custo dessa viagem. Quem está arcando com as despesas? A viagem de Janja ao Japão e sua permanência em Paris envolvem deslocamento, hospedagem e segurança, e não há informações sobre valores nem fontes de financiamento. O Planalto deve explicações sobre a real necessidade da viagem e se há um interesse público legítimo em sua presença nesses países.