Marcelo Guimarães, irmão do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães, diz não ter dúvidas de que Joabson Agostinho encomendou o assassinato do militar.
Ele sabia das ameaças que Lucas sofria por parte do dono dos supermercados Vitória e da relação extraconjugal entre o sargento e Jordana Freire, esposa do empresário.
Em mensagens encontradas no celular do sargento, a polícia encontrou conversas entre os irmãos em que Lucas dizia estar com medo de Agostinho, pois o homem havia descoberto o caso e ameaçava tanto Jordana quanto ele de morte.
Por causa das ameaças, quando não estava em casa, Lucas passou a compartilhar sua localização em tempo real com Marcelo, e contou ao irmão sobre a arma comprada para se defender.
O sargento inclusive estava escoltado no dia da inauguração de sua cafeteria, temendo um ataque contra si.
Marcelo relata que quando Ramon descobriu que sua esposa, Elza Gonçalves, estava grávida novamente, decidiu pôr um fim no relacionamento com Jordana.
E afirma que quando Joabson descobriu sobre o caso dos dois, eles já haviam terminado.
Mesmo assim, Joabson passou a ameaçar Lucas. O advogado da família, Iuri Albuquerque também confirmou o rompimento e disse que Jordana “infernizava” a vida dele na tentativa de retomar o relacionamento.
O irmão do sargento também afirma que os R$ 200 mil devolvidos por ele tinha sido desviado da rede de supermercados por Jordana, mas que Lucas estava apenas guardando a quantia para a mulher.
Segundo ele, a empresária já tinha relatado ao militar que tinha problemas no casamento e, para se garantir, decidiu desviar valores.
Sobre alguns objetos que seriam do Vitória e que estavam na cafeteria de Lucas, Marcelo disse que todos foram fruto de permuta entre o irmão e os empresários, uma vez que ele prestava serviços gráficos para o casal.