Iniciada em setembro do ano passado, a operação do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades custou R$ 5 milhões. A informação é de investigadores que cuidam do caso desde o início, noticiou o jornal O Estado de S. Paulo, na quarta-feira 22.
Comandados por Janeferson Aparecido Mariano, conhecido como Nefo, criminosos da facção alugaram imóveis residenciais e comerciais perto de endereços de Moro, em Curitiba. Os bandidos fotografaram o cotidiano da família: escola, academia, compras em shoppings e reuniões de trabalho.
Segundo a Polícia Federal (PF), as ações dos criminosos eram realizadas pelo Sintonia Final, grupo do PCC dedicado a monitorar alvos da facção.
Os atentados contra Moro e outras autoridades, como o promotor Lincoln Gakiya, tinham o objetivo de resgatar Marcola, líder da facção. Há mais de um ano, a inteligência do Departamento Penitenciário Federal e a PF acompanhavam as movimentações e diálogos mantidos por Marcola.
A articulação do PCC para atacar Sergio Moro envolvia o treinamento de mercenários na Bolívia e contratação do Novo Cangaço para invadir o presídio e resgatar Marcola.
Então ministro da Justiça e Segurança Pública, Moro coordenou a transferência e o isolamento de lideranças do PCC para presídios federais, entre eles Marcola. Já Lincoln Gakiya integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado e é responsável por investigações sobre a facção