Durante uma das reuniões do PSDB para tentar resolver o futuro das prévias da partido, que definirão o candidato a presidente da República em 2022, aliados do atual governador de São Paulo, João Doria, um dos concorrentes do pleito, ameaçaram acionar até a Polícia Federal (PF) para investigar os problemas no aplicativo de votação, que acabaram motivando a suspensão do processo.
A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, que afirmou que a tensão ocorreu ainda no domingo (21), dia da votação. Segundo a publicação, a ideia só foi abandonada depois que o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, ajudou a acalmar os ânimos. Além disso, o compromisso da direção nacional da PSDB de retomar o processo também teria contornado o conflito.
O processo de escolha do presidenciável do PSDB tem sido marcado por muita confusão e desavenças entre os principais concorrentes, os governadores Eduardo Leite (RS) e João Doria (SP), e seus correligionários. Desde o último final de semana, integrantes das duas campanhas, e até os próprios candidatos, têm acusado um ao outro de compra de votos.
Nesta segunda-feira (22), o diretório nacional da sigla decidiu que deve concluir o processo de prévias do partido para a escolha do candidato tucano à Presidência da República até o próximo domingo (28). Uma das hipóteses mais prováveis para a continuação do processo é de que, ao longo da semana, os grupos de filiados sejam divididos e passem a votar de forma escalonada.