Mesmo tendo um jogador a mais durante quase todo o segundo tempo, o Grêmio não soube como chegar à vitória e empatou por 1 x 1 com o Caxias, neste sábado (1º/4) à tarde, no Estádio Centenário na cidade de Caxias do Sul. Desta forma, a primeira parte das finais do Campeonato Gaúcho terminou igual, deixando o título aberto para o jogo de volta, no outro sábado, dia 8, na Arena Grêmio, em Porto Alegre.
Mas para chegar ao sonhando hexacampeonato, o Grêmio terá que mostrar um futebol mais eficiente, principalmente no ataque. O Caxias, atrás de seu segundo título estadual, tentará surpreender, tendo como trunfo a força de sua marcação e conjunto. Não existe vantagem de empate, portanto, se não houver um vencedor no tempo normal, o campeão será conhecido na cobrança de pênaltis.
O Caxias começou melhor, marcando pressão, não deixando o Grêmio respirar. Além disso, abriu o placar cedo, logo aos sete minutos quando Marlon entrou na área pelo lado esquerdo sem marcação e na indecisão da defesa e do goleiro Adriel, bateu cruzado de perna esquerda.
O Grêmio sentia muitas dificuldades para fugir da marcação do time da casa. Bitello reclamou de um pênalti, aos 26 minutos, quando foi solado dentro da área, mas quem quase marcou de novo foi o Caxias dez minutos depois. A defesa gremista perdeu a bola e Eron fez o passe perfeito para Peninha. Já dentro da área, sozinho, o meia chutou bem alto.
No minuto seguinte quase aconteceu o castigo, quando Lucas Silva chutou de fora da área, a bola desviou e o goleiro Bruno Ferreira só defendeu com a perna direita. No rebote, Bitello chutou cruzado e o goleiro, já caído, desviou com a ponta do pé para escanteio.
Na pressão dos últimos minutos, o Grêmio chegou ao empate. Aos 45 minutos, Suárez bateu sem ângulo e Bruno Ferreira, no alto, deu um tapa para escanteio. Reinaldo bateu o escanteio duas vezes, mas muito fechado e a defesa desviou. No segundo, os gremistas reclamaram de um possível toque no braço do zagueiro Dirceu. Mesmo rodeado e pressionado, o árbitro Anderson Doronco considerou o lance involuntário.
O zagueiro Bruno Uvini reclamou de Reinaldo pelas duas primeiras cobranças e Cristaldo foi para a terceiro no escanteio. Ele bateu mais aberto, Uvani tocou de cabeça e Vini, também de cabeça, mandou para as redes aos 47 minutos.
No começo do segundo tempo, um fato mudou a história do jogo. Aos cinco minutos, Moacir acertou a perna de Villasanti. Uma falta feita, penalizada com o cartão amarelo. Mas, alertado pelo VAR, Daronco reconsiderou, anulou o amarelo e apresentou o cartão vermelho direto.
Em seguida, o técnico Thiago Carvalho recompôs o seu sistema de marcação com as entradas de Adriel e Ricardo Lima, respectivamente, nos lugares de Peninha e Diego Rosa. Nesta altura, o técnico do Caxias já estava irritado, reclamou da arbitragem e foi advertido com o cartão amarelo.
Como esperado, o Grêmio ficou mais tempo com a bola no pé, mas, apesar do maior volume de jogo, não conseguiu ultrapassar as duas linhas de quatro na marcação do time local. No abafa, a única chance saiu aos 23 minutos, quando Cristaldo, dentro da área, chutou cruzado e a bola passou perto da trave direita do goleiro adversário.
O técnico Renato Gaúcho só mexeu no Grêmio aos 37 minutos, com as entradas de Zinho e Gustavinho, respectivamente, nos lugares de Cristaldo e Villasanti. Uma tentativa de ganhar mais força e velocidade com os dois novos jogadores. Sem conseguir as infiltrações, o Grêmio se limitou aos cruzamentos pelo alto, os famosos ‘chuveirinhos’.
Aos 40 minutos, Lucas Silva arriscou de fora e Bruno Ferreira rebateu nos pés de Suárez que bateu de primeira pra outra defesa do goleiro caxiense. Bruno rebateu para escanteio. Outra boa chance aconteceu aos 45 minutos, quando Suárez, na linha de fundo, levantou a bola no outro lado, Vina cabeceou sozinho, porém, por cima, bem alto.
Foi muito pequena a produção do Grêmio em termos ofensivos. Mesmo que marcasse o segundo gol, deixaria o placar muito injusto pelo esforço e garra demonstrados pelo Caxias com apenas 10 jogadores.