O governador Wilson Lima apresentou, nesta sexta-feira (24/09), o plano para acelerar consultas e exames na rede estadual de saúde. Os projetos Consulta+ e Examina+ fazem parte do Programa Saúde Amazonas, que iniciam com a oferta, por mês, de 86.471 exames e serviços terapêuticos, além de 11.990 consultas no Hospital e Pronto Socorro (HPS) Delphina Rinald Abdel Aziz, na zona norte de Manaus.
“As pessoas ou a maioria dos pacientes da rede pública ficaram com cirurgias, consultas, exames represados desde o início do pico da pandemia. As nossas unidades hospitalares começaram a fazer um atendimento daquilo que era mais urgente. A meta que eu estabeleci aqui para a Secretaria de Saúde é que a partir do dia 1º de janeiro de 2022 um paciente não espere mais de trinta dias para fazer um exame ou uma consulta. Isso daqui é algo que eu vou cobrar todos os dias”,
disse Wilson Lima.
O governador explicou que, seguindo protocolos e recomendações do Ministério da Saúde (MS), procedimentos não urgentes tiveram que ser suspensos. Agora, com o Examina+ e o Consulta+ vão ampliar o acesso a oferta de atendimentos na rede estadual, iniciando pelo Delphina Aziz que muda o perfil para além da Covid-19.
O HPS passará a ofertar na rede estadual de saúde um total de quase 98,5 mil procedimentos ambulatoriais por mês, utilizando toda a sua capacidade instalada. Os agendamentos serão via Central Unificada de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames (Cura).
O plano do Governo do Amazonas, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), já iniciou com a abertura dos Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) do Delphina Aziz para a rede.
O projeto Examina+ vai ofertar, apenas no HPS, 86.471 exames por mês, incluindo 3.320 sessões de fisioterapia. São 54.471 exames a mais que a unidade passa a oferecer a partir de agora. No período em que o hospital fazia atendimento exclusivo para Covid-19, sendo referência no Amazonas, eram realizados cerca de 32 mil exames por mês.
Já o projeto Consulta+ vai ofertar, a partir do início de outubro, também no Delphina Aziz, 11.990 consultas/mês, ajudando a desafogar a rede ambulatorial do Estado. Além de 8.370 consultas/mês em 15 especialidades médicas, serão ofertadas 3.620 consultas de ambulatório cirúrgico.
São consultas especializadas nas áreas de cardiologia, dermatologia, endocrinologia adulto e infantil, reumatologia, gastroenterologia, nefrologia, neurologia adulto e infantil, otorrinolaringologia, pneumologia adulto e pediátrico, urologia e nutrição.
Expansão continua
De acordo com a SES-AM, a expansão da oferta de procedimentos será gradual, iniciando agora com a abertura do Hospital Delphina Aziz para a rede e continuará se expandindo, com a contratação em curso de novos serviços.
Segundo o secretário da SES-AM, Anoar Samad, em uma segunda fase, o Examina+ e Consulta+ ofertarão 158 mil procedimentos em toda a rede de saúde estadual.
“A gente quer avançar até março, abril do ano que vem, entre consultas e exames. Creio que aí a gente vai avaliar essa questão do tempo de espera. A demanda, você sabe, não para nunca. É uma curva que está sempre em ascendência. A gente vai trabalhar controlando esses dados, mas esse é um pontapé inicial fantástico que já vai ajudar a reduzir esse tempo de espera”,
disse o secretário.
O Governo do Amazonas ainda prepara o lançamento, nos próximos dias, de um projeto para ampliar a oferta de cirurgias eletivas no Estado, o Opera+, que também deverá utilizar a capacidade instalada do Delphina Aziz, com 11 salas cirúrgicas funcionando para realizar 1.265 cirurgias eletivas por mês, somente naquela unidade hospitalar.
A pandemia de Covid-19 levou o sistema de saúde no Brasil inteiro a suspender procedimentos ambulatoriais, como as consultas e exames, e cirurgias eletivas – não urgentes -, seguindo protocolos e recomendações do Ministério da Saúde (MS). O Programa Saúde Amazonas busca reduzir o tempo de espera de quem aguarda por esses procedimentos.
Representando a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Dr. Gomes acompanhou o lançamento dos planos.
Estrutura completa
Em 2019, quando Wilson Lima assumiu o governo, o HPS Delphina Aziz estava subutilizado, tendo somente 30% da capacidade ativada. Em janeiro daquele ano, apenas dois dos seis andares funcionavam com um pronto-socorro, serviço de apoio diagnóstico e 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Entre 2020 e 2021, o Delphina Aziz tornou-se o hospital de referência para a Covid-19 no Estado. Nesse período, o Governo do Amazonas colocou para funcionar, pela primeira vez desde que foi inaugurado em 2014, todos os seis andares da unidade para atender a alta demanda por internação ocasionada pela pandemia de Covid-19.
No ápice da pandemia, o hospital chegou a ocupar o terceiro lugar no Brasil em oferta de leitos de UTI exclusivos para casos de Covid-19, ficando à frente de unidades como Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro, e Hospital Júlia Kubitschek, em Minas Gerais.
No total, o Delphina Aziz chegou a ter 414 leitos em operação para Covid-19, entre clínicos e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no último pico da pandemia. Atualmente, os seis andares da unidade estão ativos com 372 leitos, sendo 132 de UTI e 240 clínicos. Agora, toda essa estrutura será colocada para atender a população do Amazonas com procedimentos de saúde diversos.
O Hospital Delphina Aziz tem 32 mil metros quadrados de área construída, com 11 salas cirúrgicas, 30 consultórios ambulatoriais, Centro de Controle Operacional (CCO), Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI); Centro de Reabilitação e Fisioterapia; Parque Tecnológico com mais de 1,6 mil equipamentos de Alta, Média e Baixa Complexidade, entre eles os de tomografia, ressonância magnética, radiologia, ecocardiograma, equipamentos de ultrassonografia, mamografia, entre outros.