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Governo do Amazonas alinha medidas de enfrentamento à estiagem com setor portuário

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Vice-governador Tadeu de Souza amplia interlocução com portos privados para minimizar efeitos da seca sobre indústria e comércio

O Governo do Amazonas reforçou a cooperação com portos privados que operam no estado em decorrência da estiagem deste ano, cujos efeitos podem ser sentidos a partir deste mês, segundo dados de monitoramento. Nesta terça-feira (02/07), o vice-governador Tadeu de Souza se reuniu com dirigentes do Super Terminais, além de representantes da indústria, para alinhar ações de enfrentamento do fenômeno.

No encontro, realizado na sede da empresa, no bairro Colônia Oliveira Machado, zona sul de Manaus, o vice-governador apresentou o planejamento e ações estaduais em andamento, desde o início do ano, para reduzir os impactos do período de seca. Para Tadeu de Souza, a interlocução com o setor privado é fundamental para evitar prejuízos ao bem-estar da população e à atividade econômica.

“O Governo do Amazonas, na pessoa do governador Wilson Lima, trata o tema estiagem desde o ano passado como se ela não tivesse terminado. Portanto, essa cooperação é primordial e uma demonstração de alinhamento do Estado com a sociedade civil organizada, com o ambiente privado, com os atores que investem na Amazônia a longo prazo”, apontou o vice-governador.

Por articulação do governador Wilson Lima junto ao Governo Federal, estão em andamento editais para contratação dos serviços de dragagem de trechos dos rios Amazonas e Solimões. Serão investidos R$ 505 milhões em obras para assegurar a capacidade de navegação dos rios, essencial no transporte de pessoas e escoamento de mercadorias.

Além do vice-governador, estiveram na reunião o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa; o vice-presidente da Federação das Indústrias (Fieam), Nelson Azevedo; o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge Júnior; e o diretor do Super Terminais, Marcello Di Gregorio.

Alternativas

Durante a reunião, a direção do Super Terminais apresentou um projeto que planeja iniciar, no mês de setembro, em Itacoatiara (a 176 quilômetros da capital), com a instalação de um porto e um píer flutuante numa área de 300 mil metros quadrados, de propriedade da empresa, situada na margem esquerda do rio Amazonas.

A operação terá como foco o transbordo de contêineres que atendem ao Polo Industrial de Manaus (PIM) e ao comércio local. De acordo com o diretor da empresa, a previsão é de funcionamento por 24 horas até dezembro deste ano ou até a normalização do calado (distância da lâmina d’água até a quilha da embarcação) do rio.

“Não estamos poupando recursos para continuar alimentando as fábricas, as linhas de produção da Zona Franca de Manaus. Recebemos o Governo do Estado, hoje, para termos a certeza de que nós não teremos a descontinuidade da logística no Amazonas. E na segunda quinzena de setembro, estaremos em Itacoatiara, prontos para receber os navios e enfrentar essa estiagem”, disse o diretor.

No primeiro semestre deste ano, a Sedecti discutiu com o Grupo Chibatão a instalação de outro píer provisório no rio Amazonas, na Enseada do Madeira, para atracação de navios. A ideia é eliminar a necessidade de retorno das embarcações por conta do baixo nível das águas, possibilitando o transbordo da carga de navios para balsas.

“É muito importante essa unidade entre a iniciativa privada e o poder público, porque só assim nós poderemos minimizar os efeitos de uma possível estiagem. Ela pode até acontecer, mas acontecendo, as medidas serão tomadas antecipadamente e não teremos a mesma crise que tivemos no ano passado”, afirmou o secretário Serafim Corrêa.

O presidente da Eletros, entidade de classe que representa as 34 maiores indústrias eletroeletrônicas e eletrodomésticas do país, disse que a parceria entre os entes público e privado é vital para evitar que se repita o cenário negativo provocado pela estiagem de 2023, quando a indústria local teve prejuízo calculado em mais de R$ 1 bilhão.

“O importante é ver essa mobilização do poder público com o Super Terminais, visando fazer com que a gente não tenha interrupção de atividades. O nosso setor sentiu muito o que aconteceu no ano passado. Agradeço ao Governo do Estado, em nome do vice-governador Tadeu e do secretário Serafim, por todo o esforço para preservar os investimentos e os empregos do PIM”, disse José Jorge Júnior.

FOTOS: Ricardo Machado / Secretaria-geral da Vice-governadoria

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