O governo Lula (PT) avaliou positivamente o ato “Democracia Inabalada”, na segunda-feira (08/01), no Congresso Nacional. Nos bastidores, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) comemorou o espaço que o evento teve na mídia, sobretudo a televisiva.
A imagem de Lula, Luis Roberto Barroso e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) segurando um exemplar da Constituição Federal de 1988 foi o ponto alto do evento, avalia a equipe de comunicação.
No entanto, parte do grupo que cuidou do cerimonial foi vencida por um desejo pessoal de Lula. A governadora Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, foi a única chefe de Executivo estadual a discursar na solenidade e esse ponto causou uma discussão sobre o caráter “político e eleitoral” do ato.
Para uma parte do cerimonial, um governador não petista, mesmo que aliado, deveria ter discursado também para não “parecer um evento de campanha”. No entanto, o próprio presidente fez questão de Bezerra discursar.
A justificativa oficial é que a governadora do Rio Grande do Norte é suplente de Ibaneis Rocha (MDB) no Fórum dos Governadores. O governador do Distrito Federal está fora do Brasil, em férias.Play Video
Mesmo assim, o protocolo poderia ser mudado, segundo fontes do Palácio do Planalto. Em sua fala, Fátima Bezerra disse que a data de 8 de janeiro simboliza a “volta à normalidade” do Brasil.
“O dia de hoje simboliza a volta da normalidade democrática, respeito às instituições, a retomada do pacto federativo, a valorização da soberania popular e o repúdio ao autoritarismo, fascismo e barbárie” – Fátima Bezerra, governadora do RN.