Como o blog havia previsto em postagem realizada em novembro de 2019, um negócio milionário foi anunciado hoje pela Gol Linhas Aéreas, que fechou acordo para a compra da MAP Transportes Aéreos, em transação avaliada em R$ 28 milhões. O negócio foi possível depois que a empresa sediada em Manaus conquistou, em movimento junto Agência Nacional de Aviação (Anac), trechos bastante lucrativos nas regiões mais populosas do país. Com essa nova realidade, os vôos para o interior do Amazonas ficam definitivamente comprometidos, a não ser que outras empresas assumam as rotas.
A MAP transformou-se na quinta maior empresa aérea brasileira, depois de conquistar trechos que saem e chegam no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o mais movimentado do país. Ela tem uma frota de sete aeronaves ATR com 70 assentos, que antes operavam apenas em rotas da região amazônica.
“Essa operação reflete o compromisso contínuo da Companhia em expandir a demanda brasileira por transporte aéreo, em linha com o que sua Administração entende ser uma oportunidade diferenciada para consolidação racional no mercado local, à medida que a economia do país se recupera da Covid-19”, informou a Gol.
A companhia enfatizou que a aquisição permitirá um crescimento em Congonhas de aproximadamente 10%, por meio da adição de 26 voos diários. Não se referiu aos vôos na Amazônia.
“Acreditamos que a aquisição da MAP seja, nesse momento, a única oportunidade viável de consolidação racional no mercado de aviação brasileiro. Daqui para frente, continuaremos focados na estratégia de crescimento orgânico, estimulando a demanda para expansão de nossa malha”, disse Paulo Kakinoff, CEO da Gol.
Pelos termos do acordo, o valor de R$ 28 milhões será pago em ações (100.000 ações GOLL4 a R$ 28 por papel) e uma quantia de R$ 25 milhões em dinheiro, em 24 parcelas mensais. A Gol também assumirá até R$ 100 milhões de compromissos financeiros da MAP.
A conclusão da transação está condicionada a aprovações e confirmações pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).