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Gilmar Mendes compara Operação Lava Jato ao PCC e chama a operação de “organização criminosa”

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes chamou a operação Lava Jato organização criminosa em declaração feita neste sábado (12) e chegou a comparar a atuação da investigação ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais facções criminosas do país. O magistrado ainda afirmou que ficou “orgulhoso com o desmanche” da operação.

“Fico orgulhoso desse processo que você chamou de ‘desmanche da Lava Jato’. Porque era uma organização criminosa. O que eles faziam em Curitiba era criminoso”, disse Mendes ao ser questionado se operação havia passado por um desmanche. As afirmações foram feitas nos Estados Unidos, onde o magistrado participou de um evento empresarial na Universidade de Harvard.

Para o ministro do STF, as conversas que foram reveladas pela imprensa, especialmente aquelas que envolviam o procuradores e juízes que participavam da operação, pareciam diálogos de organizações criminosas. “O que a gente escuta, falando como eles iriam destruir a vida empresarial do empresário A, B ou C, a gente pensa que é uma conversa do PCC”, disse.

Gilmar Mendes voltou a afirmar que houve exagero por parte dos investigadores na condução da operação e que já tinha desconfianças sobre possíveis abusos na operação. “Tudo aquilo que se revelou na chamada ‘Vaza Jato‘, e depois na Operação Spoofing, parece que eu já sabia”, disse.

“Eu percebi que havia exageros, que nós estávamos mantendo as prisões preventivas e só estávamos fazendo as libertações depois que faziam delações”, declarou o ministro. Gilmar Mendes participou do Brazil Conference, neste final de semana, organizado por estudantes brasileiros nos EUA e que reúne empresários e autoridades para palestras e eventos.

Gilmar Mendes é crítico assíduo da Lava Jato e já fez críticas à operação em outras oportunidades. No ano passado, o magistrado chegou a dizer em entrevista que o comando da operação foi deixado nas mãos de pessoas “microcéfalas” e com “cérebro de minhoca”.

Na ocasião, o magistrado declarou que o país não deve permitir que “os abusos cometidos pelos procuradores” se repitam. O decano do STF também apontou que o período da Lava Jato ficará marcado na história brasileira como “uma quadra obscura”, no qual se deu poder “a uma gente muito chinfrim”.

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