O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) se pronunciou sobre a publicação no X em que teria sugerido “trisal” entre a ministra Gleisi Hoffmann, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Gayer fez o post depois de Lula ter dito que colocou uma “mulher bonita” — em referência à Gleisi — na articulação política do governo com o Congresso. No texto, o parlamentar falou que o petista estaria “oferecendo” a ministra. Play Video
Na mesma postagem, ao se referir ao namorado da ministra, Lindbergh Farias, Gayer escreveu: “Vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para o Hugo Motta e Alcolumbre como um cafetão oferece uma GP?”.
Em nota, o parlamentar explicou a publicação: “Apenas questionei o Deputado Lindbergh Farias se ele iria aceitar as falas repugnantes do Presidente da República em relação à sua companheira Gleisi Hoffmann, denunciando a gravidade do ocorrido”.
“Ressalto que minha intenção era apenas denunciar e escancarar a hipocrisia da esquerda quando se trata da defesa das mulheres, e jamais quis ofender ou depreciar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre”, afirmou. “Caso o presidente Alcolumbre tenha se sentido ofendido, quero deixar bem claro que minhas críticas não se referiam a ele, mas sim ao chefe do Poder Executivo em razão de sua atitude desrespeitosa para com uma de suas ministras.”
Gayer ainda afirmou ter “plena consciência de que não pratiquei nenhum crime ou ato ilícito em desfavor de qualquer pessoa”. O parlamentar destacou que “tão somente” exerceu o seu “direito à liberdade de expressão, guiado pelo senso de Justiça”.
Gayer disse ter sido o “único da direita” que saiu em defesa de Gleisi
Ainda em nota, Gayer afirmou que foi “o único parlamentar de direita que saiu em defesa” de Gleisi na tribuna da Câmara pelas falas de Lula: “Foi covardemente menosprezada”.
O parlamentar ainda disse que a ministra foi “achincalhada pelo presidente, que utilizando-se de uma fala extremamente machista e misógina, se referiu à Ministra como uma espécie de moeda de troca para, em razão de sua ‘beleza’, facilitar as articulações políticas do governo com o Congresso Nacional”.
“O fato é que nenhum dos integrantes da esquerda, sejam eles parlamentares ou ministros, se posicionou contra a fala infeliz do Presidente da República, cuidando apenas de desviar o foco para abafar referido desrespeito contra as mulheres”, acrescentou.
Alcolumbre pode abrir representação
Em declaração à imprensa nesta quinta-feira, 13, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que avalia “fortemente” abrir uma representação na Câmara contra o deputado Gustavo Gayer em decorrência da publicação.
Alcolumbre afirmou que as declarações estão “nas mãos dos advogados para analisar o que é possível fazer”, inclusive, pela perda de mandato.
“Os advogados estão analisando a representação sobre a fala do deputado federal em relação ao episódio que envolve um deputado federal, um senador da república e uma ministra de Estado”, destacou.