Marco Aurélio Oliveira Barboza, assessor do deputado distrital Daniel Donizet (PL), está sendo denunciado por uma garota de programa, 25 anos, de nome não divulgado, que afirma ter sido vítima de agressões físicas e sexuais por parte do homem. Ela afirma ainda que o político teria ouvido e percebido os crimes, que ocorreram em um motel, no Núcleo Bandeirante, em Brasília.
Segundo a mulher, no dia 22 de março deste ano ela foi até uma boate onde afirma ter conhecido o deputado, o assessor Marco Aurélio Oliveira Barboza e um terceiro homem que estava no grupo. Conforme o depoimento à Polícia Civil, os três fecharam um programa com ela e outras duas garotas, e os seis foram no mesmo carro para um motel.
Chegando no local, todos ficaram no mesmo quarto, só que cada uma foi com o seu par e o dela seria Marco Aurélio que, segundo ela, estava muito bêbado e durante o ato sexual começou bater em seu rosto violentamente. A acompanhante afirma que mesmo gritando e pedindo ajuda ninguém tentou parar a agressão.
Para a polícia, a acompanhante de luxo disse que, além de ter recebido tapas e socos, o suspeito teria retirado o preservativo e forçado sexo com ela contra a sua vontade. A prática é denominada de “stealthing” e pode caracterizar crime de violação sexual mediante fraude. Dentro do quarto de motel, estariam outras duas garotas de programa e o deputado distrital.
A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Legislativa pediu, ao diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Robson Cândido, que disponibilize ao órgão legislativo cópia da ocorrência.
“Tomamos conhecimento do caso pela imprensa e já solicitei, a partir da Procuradoria da Mulher da Câmara Legislativa do Distrito Federal, informações junto à Polícia Civil do DF. Tão logo tenhamos essas informações, serão encaminhadas à Presidência da Casa para providências cabíveis”, anunciou em nota Doutora Jane.
Defesa
Em nota, o deputado Daniel Donizet disse que “se trata de uma denúncia infundada e comprovadamente falsa”. Segundo o parlamentar, o inquérito da polícia concluiu que não houve agressão por parte de Marco Aurelio, e que não houve participação do deputado Daniel Donizet no caso.
A assessoria do deputado afirmou que, na verdade, o inquérito está em segredo de justiça e, por isso, não pode passar mais informações.
“Trata-se de uma denúncia infundada. O deputado Daniel Donizet não estava presente no local e não participou do evento. O inquérito policial corre em sigilo e, por essa razão, não pode passar outras informações sob pena de atrapalhar as investigações. Marco Aurélio segue lotado no gabinete”, diz nota.
A reportagem não conseguiu contatar a defesa de Marco Aurélio. O espaço segue aberto para manifestações.
*Com informações do G1 e Metrópoles
