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Garnier nega ter oferecido tropas a Bolsonaro para golpe de Estado

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Almirante rebate versões sobre suposta aliança com o ex-presidente e diz que número de fuzileiros foi manipulado

O almirante Almir Garnier negou, nesta terça-feira, 10, ter colocado tropas à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao depor ao Supremo Tribunal Federal, ele rejeitou a acusação de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Garnier respondeu diretamente à acusação atribuída a ele pelo general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. De acordo com Gomes, o almirante teria afirmado que os fuzileiros navais estavam “prontos” para uma ação contra as instituições. Dele teria saído a afirmação de que o corpo de fuzileiros navais estava “à disposição”. Garnier rebateu: “Nunca disse essa frase”.

Além disso, o ex-comandante da Marinha afirmou que nunca recebeu qualquer solicitação de Jair Bolsonaro para aderir a um plano golpista. Ele declarou que o depoimento de Freire Gomes, corroborado pelo ex-comandante da Aeronáutica, Batista Júnior, contém “grandes equívocos”.

Número fuzileiros e a negativa de um plano golpista articulado com Bolsonaro

Garnier também contestou dados numéricos utilizados para sustentar a acusação. Segundo ele, houve manipulação das estatísticas sobre o efetivo dos fuzileiros navais. “Na minha época, os fuzileiros eram 17 mil; hoje, são 15 mil”, explicou.

Ao longo da oitiva, Garnier rebateu especificamente o depoimento de Batista Júnior. Segundo ele, o ex-chefe da Aeronáutica usou um dado impreciso ao mencionar que o número de fuzileiros seria de 14 mil homens — informação que, conforme afirmou, teria sido retirada do Google. Por isso, Garnier sugeriu que o depoente fabricou parte do relato para sustentar a acusação de que ele teria colocado a Marinha à disposição de Bolsonaro para suposta tentativa de golpe.

Contudo, Garnier desmentiu essa versão. Ele afirmou que Batista usou um número inverídico e, portanto, fabricou parte de seu depoimento.

Ao final, Garnier reforçou que os comandos militares não receberam qualquer ordem ilegal e, tampouco, manifestaram disposição para embarcar em ações contra a Constituição.

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