A Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) realiza uma mobilização de profissionais e lança, nesta semana, a campanha para o não uso de adornos pulseiras, anéis, relógios, colares, entre outros, pelos funcionários, pacientes e acompanhantes. A Campanha foi uma iniciativa da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da unidade.
Intitulada “Adorno Zero”, a campanha tem o objetivo de sensibilizar diretores, coordenadores, funcionários e usuários do sistema de saúde sobre os riscos causados pelo uso de adornos em ambientes hospitalares.
Durante a semana de 5 a 9 de julho, a CCIH fará orientações e pequenas palestras sobre o assunto, principalmente para os profissionais de saúde de toda a unidade, tanto da parte hospitalar quanto dos ambulatórios e setores administrativos.
De acordo com o chefe da CCIH da FMT-HVD, infectologista André Patrício, a campanha é importante para toda a comunidade que frequenta esses espaços.
“Esses adornos têm importância tanto para os acidentes de trabalho, uma vez que algo pode se prender em um brinco ou anel, quanto para infecções hospitalares. Através desses adornos, nós carregamos bactérias que podem contaminar os pacientes ou levando essas bactérias para dentro das nossas casas. O uso desses adornos em ambientes hospitalares é proibido. Inicialmente vamos fazer um trabalho de conscientização”, disse o infectologista.
Além disso, um dos símbolos da campanha é o incentivo da troca dos cordões para crachás por dispositivos que têm uma menor possibilidade de carregar infecções e com uma superfície de contato menor.
“Adorno é tudo o que é considerado não essencial para o ambiente de trabalho. São gravatas, brincos, anéis, piercings, cordão de pendurar crachás. Ou seja, qualquer enfeite que se usa no corpo para ficar mais bonito pode ser considerado adorno”, explicou André Patrício.
Essa primeira etapa da campanha é educativa e tem por objetivo alertar os profissionais. No futuro, já é discutido formas de sanções para os profissionais que não cumprirem as regras de higiene e segurança hospitalar.
Para facilitar a comunicação com os servidores e usuários, uma trupe do grupo de humor e acolhimento Acadêmicos da Alegria passará a semana ajudando na divulgação da informação na instituição.
Norma
Segundo a Norma Regulamentadora NR 32, todo trabalhador do serviço de saúde, bem como aquele que exerce atividades de promoção e assistência à saúde exposto a agente biológico, independentemente da sua função, deve evitar o uso de adornos no ambiente de trabalho para prevenir infecção.
As orientações abordadas na campanha valem para todos os colaboradores, principalmente, profissionais que prestem assistência ao paciente ou que, de alguma forma, entrem em contato com fluidos, secreções e qualquer tipo de matéria orgânica proveniente do paciente ou do processo assistencial, e também aqueles que manipulem alimentos e dietas, visando garantir a sua própria segurança.
A Norma, além de determinar procedimentos hospitalares, também rege o comportamento dos profissionais da área, indicando a obrigatoriedade do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a proibição do uso de adornos, que podem trazer riscos biológicos de contaminação.