A situação de Daniel Alves é desastrosa.
A mídia espanhola continua na expectativa de uma sentença pesada para o brasileiro, acusado de estupro de uma jovem, no dia 30 de dezembro, em um banheiro da boate Sutton, em Barcelona.
O jogador, que atuava no Pumas, do México, estava na Espanha acompanhando sua esposa, Joana Sanz, que visitava a mãe, desenganada pelos médicos, por causa de um câncer.
Enquanto Joana estava no hospital com Maria del Carmen, Daniel saiu com amigos mexicanos para beber e dançar.
“Ele estava me enganando enquanto minha mãe morria”, desabafou Joana.
Maria del Carmen morreu no dia 17 de janeiro
Daniel foi preso, acusado de estupro, no dia 22 de janeiro.
Joana tomou várias atitudes antagônicas. Atacou Daniel, pediu divórcio, disse que iria morar na França, voltou atrás, decidiu apoiá-lo, não quis mais a separação. Mostrou carta de amor do jogador. Se negou a visitá-lo. Depois, decidiu ir. Está completamente perdida, insistem os meios de comunicação espanhóis.
A previsão de julgamento, que pode condená-lo a até 12 anos de cadeia, por estupro, deve acontecer nos próximos meses. Daniel Alves não teve privilégio algum. Seu caso espera o julgamento de centenas de outras acusações de agressões sexuais.
Nestes nove meses de cadeia, a opinião pública espanhola soube detalhes que expuseram o brasileiro. Como os depoimentos de seguranças da boate, que viram a jovem que acusa o jogador sair desesperada do banheiro chorando, em estado de choque. E também Daniel Alves sair rapidamente quando viu a garota cercada de gente.
E as mentiras do jogador.
Primeiro, disse que nunca havia visto a jovem espanhola. Depois, disse que a viu na boate e até conversaram. Depois, confirmou que houve relações sexuais consensuais. E, por último, de acordo com o lateral, foi ela quem o levou para o banheiro e quis a relação sexual violenta.
Nestes nove meses, Daniel Alves não recebeu solidariedade de nenhum atleta próximo. Como Neymar. Foi assim, por exemplo, que o jogador do Al-Hilal se dirigiu a Daniel quando ele fechou contrato com o São Paulo.
“Não tinha que ser diferente, você merece ser recebido assim… Te desejo toda a sorte do mundo meu irmão…Te amo”, escreveu, no dia 7 de agosto de 2019.
Desde a prisão, pela acusação de estupro, nenhuma manifestação de apoio, solidariedade, confiança de Neymar.
Assim também como de Tite.
“A gente [da seleção brasileira] representa alguns e não representa outros. Mas a gente representa com orgulho, amor, paixão e dedicação.
“E o Dani é um exemplo disso. Eu respeito muito ele chegar onde chegou. Ele transcende o futebol, é muito mais que só jogar futebol”, disse o treinador no dia primeiro de dezembro de 2022.
Desde a prisão de Daniel Alves, acusado de estupro, Tite se calou sobre o jogador que, na sua visão, é “exemplo de orgulho, amor e dedicação”.
Assim como todos os que foram seus companheiros de 16 anos de seleção.
Daniel levantaria a taça da Copa do Mundo, ao lado de Thiago Silva, se o Brasil fosse campeão. Como exemplo de postura dos jogadores deste país.
A Justiça espanhola trata com cada vez mais rigidez os casos de agressões sexuais, estupros.
A mídia do país, de maneira unânime, qualifica como péssima a situação do brasileiro.
O consagrado advogado Cristóbal Martell deixou a defesa de Daniel Alves.
As versões são diferentes.
A primeira é que o advogado abandonou seu cliente por não acreditar no sucesso do julgamento.
E teria proposto um acordo ao atleta, que aceitasse cumprir uma parte da pena. Não menos do que quatro anos. Daniel Alves teria rejeitado.
A versão difundida por pessoas ligadas ao atleta é que Daniel teria percebido que Martell é especializado em casos que envolvem questões financeiras. Tanto que seus seis pedidos para que Daniel aguardasse o julgamento em liberdade foram rejeitados.
E que seria melhor uma mulher defender o jogador da acusação de estupro. O júri tenderia a levar muito mais em consideração o que uma advogada falar para defender o brasileiro do que um homem.
Por isso, a escolhida foi Inés Sánchez, advogada de 35 anos, sem a representatividade de Martell.
Outra péssima notícia foi a postura da ex-mulher de Daniel Alves, Dinorah Santana.
De acordo com ela, desmanchou uma farsa articulada por Cristóbal Martell, o primeiro advogado do jogador, que a fez decorar frases para passar para a imprensa espanhola uma ‘boa imagem’ do brasileiro. E que ele nunca se encaixaria no perfil de “agressor sexual”.
“Fui usada, colocada como uma boneca para repetir frases.
(…)Disseram: ‘Traga as crianças para Espanha, venha’, e eu fui. Advogados me passaram falas decoradas no aeroporto, para falar com os jornais, e eu fiz. Na hora, só pensei que o certo era defendê-lo. Mas, quando eu não fui mais interessante para ele nem para seus advogados, ele sumiu.
“Ter sido casada com ele não foi nada fácil, principalmente pelas traições, que motivaram o fim da relação.
“Ele me traiu com muitas mulheres, e eu nunca falei.
“Sempre me mantive quieta para não prejudicar a imagem. Meu único pedido era que ele fosse um bom pai, mas ele foi cruel. Sei como meus filhos se sentem.”
Dinorah revelou ao colunista Lucas Pasin que, apesar dos vários pedidos, o jogador se recusou a receber seus filhos na cadeia.
A previsão é que o julgamento de Daniel Alves aconteça entre novembro e janeiro de 2024.
Se condenado por estupro, ele pode pegar até 12 anos de cadeia.
Além de pagar uma multa de 150 mil euros à jovem, cerca de R$ 817 mil. Mesmo com a mulher de 23 anos avisando que “não quer dinheiro do brasileiro, só punição”. A Justiça espanhola obriga o condenado a dar compensação financeira à vítima.
A perspectiva do julgamento de Daniel Alves é péssima…