A Fifa pretende adotar uma nova diretriz para o uso do VAR já a partir do Mundial de Clubes de 2025. A entidade máxima do futebol mundial quer que o árbitro de vídeo deixe de agir apenas diante de “erros claros e manifestos” e passe a atuar com o lema “ajudar a melhorar o jogo”.
Segundo o jornal Marca, a ideia é reforçar o papel do árbitro de campo como autoridade máxima da partida, com o VAR atuando como suporte — e não como ferramenta de correção automática. A proposta foi discutida em um curso recente da FIFA com árbitros pré-selecionados para o Mundial, e também em conferência organizada pela UEFA com dirigentes e especialistas em arbitragem.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, defende que o VAR precisa esclarecer o jogo, não o complicar. Essa visão foi transmitida a Pierluigi Collina, chefe da comissão de arbitragem da entidade. A expectativa é que a nova abordagem estimule os árbitros a tomarem decisões de forma mais ativa, usando o VAR como apoio e não como muleta.
A UEFA segue linha semelhante. Em declaração recente, o secretário-geral Giorgio Marchetti destacou que o VAR tem escopo limitado. “Algumas pessoas pensaram que o VAR eliminaria toda a discussão. Infelizmente, não. Muitas decisões são subjetivas e precisam ser assumidas em campo”, afirmou.
Também presente nos debates, David Elleray, dirigente do IFAB (International Football Association Board), órgão responsável por definir as regras do futebol, reforçou a necessidade de comunicação mais clara sobre o papel do VAR. “É preciso explicar ao mundo do futebol como o VAR funciona e lembrar que ele tornou o jogo mais justo e seguro. Mas falhamos em comunicar isso”, disse ele ao Marca.