Hozana Carneiro Ximenes foi presa na manhã desta quinta-feira (10), por se passar por biomédica e fazer cirurgias plásticas sem autorização em clínicas de Manaus. A prisão ocorreu no bairro Novo Israel, na Zona Norte.
Segundo a polícia, a suspeita mutilou mais de 10 pessoas que foram suas pacientes em diversas clínicas onde ela atuava como no Dom Pedro, Eldorado, Cidade Nova e outras.
As vítimas procuram a polícia com laudos médicos que indicavam além da mutilação, omissão de socorro, abandono e outros delitos. Após as denúncias, a polícia abriu um inquérito e descobriu que a médica em questão, não tinha registro profissional:
“Fomos fazer a investigação de em qual universidade ela tinha feio o curso e requisitamos informações e ela não passou por lá. Fomos no Conselho Regional de Biomedicina para ver se ela tinha o registro e ela também não tinha”, detalha o delegado Gerson Aguiar.
Após a constatação de que ela não tinha registro profissional, a polícia tentou interrogá-la, mas Hozana começou a fugir. Todas as vezes que a polícia recebia a informação de clínicas onde ela estava, a mulher conseguia se antecipar e deixava o local antes que os investigadores chegassem.
Devido à gravidade da situação das vítimas e a recusa de Hozana em dar explicações, o delegado solicitou a prisão preventiva dela e mesmo sabendo que o mandado havia sido expedido, a falsa médica continua realizando cirurgias.
A mulher ainda chegou a entrar na Justiça contra as vítimas alegando que elas estariam expondo sua imagem nas redes sociais e propagando fake news a seu respeito.
Hozana chegou a postar uma foto de seu certificado de formação em seu perfil na internet, mas a polícia constatou junto a universidade que ele era falso.
A suspeita continuou atuando em clínicas e chegou a se tornar sócia de algumas delas:
“Essa do Dom Pedro, por exemplo ela era sócia”, afirmou o delegado.
A mulher foi presa na manhã de hoje (10), na casa da mãe após a localização ser denunciada à polícia. A partir de agora, Hozana vai responder por exercício ilegal da profissão, lesão corporal grave, estelionato, omissão de socorro, falsificação de documentos e outros.
O delegado acredita que outras vítimas e crimes devem aparecer nos próximos dias com a repercussão do caso.
*Com informações portaldoholanda