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Executivo preso na Lava Jato é absolvido pelo STF

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Daurio Speranzini foi detido em 2018, sob acusações de formação de quadrilha e fraude em licitação

Em um desdobramento recente da Operação Ressonância, vinculada à Lava Jato, o ex-executivo da General Electric, Daurio Speranzini, foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Detido em 2018 sob acusações de formação de quadrilha e fraude em licitação, ele passou um mês na cadeia de Pinheiros, em São Paulo, enquanto trabalhava na Philips.

O juiz do caso, Marcelo Bretas, foi afastado pelo CNJ em 2023. Em 14 de janeiro, o ministro Gilmar Mendes concluiu que o Ministério Público Federal (MPF) não apresentou provas ou justa causa para o processo.

Mendes afirmou que “o MPF não descreve minimamente as circunstâncias específicas das condutas” de Speranzini. “Trata-se de uma narrativa manifestamente precária”, acrescentou.

O prazo para que o MPF recorresse da decisão expirou em 27 de janeiro, consolidando a “vitória” do executivo na Justiça. Depois de ser libertado por meio de um habeas corpus, Speranzini foi afastado da General Electric e, posteriormente, demitido sem justa causa.

A prisão na Lava Jato

Daurio Speranzini durante sua prisão na Operação Lava Jato, em 2018 | Foto: Reprodução/Redes sociais
Daurio Speranzini durante sua prisão na Operação Lava Jato, em 2018 | Foto: Reprodução/Redes sociais

Em entrevista ao portal UOL, o executivo disse que o período de prisão teve um efeito “devastador” em sua saúde mental, levando-o a buscar apoio psiquiátrico e psicológico diariamente.

Ele descreveu sua experiência na prisão como degradante: “Depois, fiquei 30 dias no ‘cadeião’ de Pinheiros. Dormi no chão, porque tinha 15 pessoas na cela e apenas dez camas”, disse.

“A Lava Jato foi uma bala perdida que me pegou”, disse. “A casa caiu de um jeito que era muito maior do que podia suportar.”

Com carreira na indústria da saúde, o engenheiro mecânico trabalhou na Philips e na GE, onde atuou como CEO na América Latina antes de ser demitido. Os advogados de Speranzini afirmaram que a decisão do STF corrige uma injustiça e alegam que liderar uma empresa não justifica acusações sem provas.

O caso levou mais de seis anos na primeira instância. Speranzini também disse que negou ofertas de delações premiadas e afirmou que seu nome nunca foi citado nesses acordos. Mesmo absolvido, segue com bens bloqueados.

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