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Ex-prefeito de Anamã usava frigorífico para lavar dinheiro do tráfico, segundo a polícia

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A empresa era usada pelo ex-prefeito para receber pagamentos feitos pela facção Comando Vermelho

Raimundo Pinheiro da Silva, mais conhecido como Chicó e ex-prefeito de Anamã, utilizava um frigorífico de sua propriedade para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas, concluiu a Polícia Civil do Rio de Janeiro. A informação é do g1 Amazonas.

O ex-prefeito foi um dos alvos da Operação Rota do Rio, deflagrada na manhã desta terça-feira (21) no Amazonas e em outros três estados.

Segundo a polícia, a empresa Frigopesca Indústria de Pescado, localizada no município de Manacapuru, interior do Amazonas, era utilizada pelo ex-prefeito para receber pagamentos feitos pela facção Comando Vermelho.

Os criminosos faziam o repasse do dinheiro obtido com o tráfico de drogas à empresa de forma pulverizada, com o objetivo de dificultar as investigações.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência de Raimundo Chicó. No local, os policiais apreenderam dinheiro em espécie e veículos. No momento da ação policial, o ex-prefeito não se encontrava no endereço. De acordo com a Polícia Civil, ele teria viajado para Brasília na madrugada desta terça-feira.

A polícia trabalha com a hipótese de que Chicó tenha recebido informações privilegiadas sobre a operação.

A empresa Frigopesca foi contactada e disse que não vai se manifestar no momento e que o setor jurídico está atuando para dar respostas aos consumidores sobre a operação.

Operação Rota do Rio

A Operação Rota do Rio teve como objetivo atuar contra a expansão de traficantes do Comando Vermelho para outros estados. Ao todo, foram cumpridos 113 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas e Pará.

Segundo as investigações da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), houve um racha na facção Família do Norte, e um dos lados migrou para o Comando Vermelho e fundou o Comando Vermelho do Amazonas (CVAM), reconfigurando as rotas das drogas pelo país.

Essa aliança passou a controlar, por exemplo, a fronteira do Brasil com o Peru e com a Colômbia.

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