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Ex-árbitro conta que já recebeu ameaça de morte e precisou de ajuda de autoridades para deixar país

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Sálvio Spindola recordou que chegou a apanhar dentro de campo e ter precisado acionar as autoridades brasileiras para sair do país

O ex-árbitro Sálvio Spínola relatou, nesta quarta-feira (13), que já recebeu ameaça de morte por um antigo presidente do Equador. De acordo com ele, o caso teria acontecido após uma partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Durante entrevista ao podcast Alt Tabet, do Canal Uol, o antigo árbitro explicou o ocorrido. Conforme relatado, a confusão teria se originado após a marcação de um pênalti nos minutos finais de uma partida entre Equador e Uruguai. A penalidade colaborou para a não presença da seleção equatoriana na Copa do Mundo.

“Já tive que ver na televisão presidente da República falar: ‘vou dar pena de morte para esse árbitro, quero saber onde ele está”.

” Apitei um jogo de Eliminatórias da Copa do Mundo entre Equador e Uruguai. O Equador ia para a Copa se ganhasse ou empatasse o jogo. Mas aos 46 minutos, com a partida empatada em 1 a 1, teve um pênalti. O assistente falou para mim: ‘torce para o Furlan chutar para fora ou a gente não sai vivo daqui’. Furlan fez o gol, Uruguai vence por 2 a 1, última rodada das eliminatórias e o Equador ficou fora da Copa, contou o ex-árbitro.

Como foi previsto pelo auxiliar, o final da partida foi marcado por protestos de alguns torcedores equatorianos. Sálvio Spindola recordou que chegou a apanhar dentro de campo e ter precisado acionar as autoridades brasileiras para sair do país. Contudo, conforme ele contou, quem o ajudou foi um amigo árbitro do Equador.

“Apanhei de câmera objetiva. Os fotógrafos entraram no campo e me batiam com as câmeras. No hotel não podia nem pedir comida. Na TV, o presidente: ‘onde está esse árbitro brasileiro que estou decretando pena de morte pra ele’. Para sair do país foi uma loucura. Acionei o Itamaraty, a FIFA, a CBF. Ninguém me deu assistência. Quem me ajudou foi um amigo árbitro do Equador, porque tinham retido meu passaporte” concluiu.

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