Com risco iminente de mais uma grande enchente em 2025, agricultores familiares das comunidades ribeirinhas de Humaitá, correm contra o tempo para colher o que podem de suas plantações, antes que a água do rio Madeira invada suas propriedades, o que significa perda inevitável da produção. Banana, mandioca e hortaliças são as culturas mais vulneráveis.
No sábado, 1, o prefeito de Humaitá, Dedei Lobo, enviou às comunidades uma equipe composta por representantes da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil-COMDEC e secretarias como Assistência Social, Agricultura, Saúde e Companhia de Águas, para avaliar a situação e monitorar o avanço das águas, visando a adoção de medidas de assistência e socorro.
De acordo com o prefeito, toda a estrutura administrativa do município estará à disposição para acompanhar a situação e socorrer aos possíveis afetados, principalmente em questões como agravos de saúde, comuns nessa época do ano, além de outros serviços que estarão à disposição das comunidades, caso seja necessário.
Na comunidade Ilha do Tambaqui, margem esquerda do Rio Madeira, é grande a produção de mandioca e banana, culturas que, caso a água invada as propriedades, se perderão inevitavelmente.
Pedro Correia Gomes, produtor da Ilha do Tambaqui, já dá como certa a perda de cerca de 3 mil pés de mandioca. “Já retiramos o que foi possível, o resto é prejuízo na certa”, lamenta o produtor. A mandioca é a principal matéria prima para a produção de farinha, item essencial na mesa do amazonense.
Em outra propriedade, também na Ilha do Tambaqui, cinco mil pés de banana estão na iminência de serem atingidos pela água. O proprietário, que não quis se identificar, também lamenta o prejuízo. “Já retiramos cerca de 370 cachos de banana, o restante vai ficar pra trás”, comenta.
De acordo com o prefeito Dedei Lobo, a prefeitura está monitorando a situação diariamente e conta com a colaboração de instituições que sempre estiveram à disposição para ajudar, como Marinha do Brasil, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública, Polícia Militar, dentre outras.
“Já temos a experiência do ano de 2014, quando enfrentamos nosso maior desafio em relação a enchente no município de Humaitá e agora não será diferente. Mesmo com muita limitação de recursos financeiros, estaremos atentos 24 horas e prontos para agir”
Fonte: SECOM/PMH
