O governo dos Estados Unidos suspendeu a emissão de passaportes com a opção de gênero “X”, para pessoas que se identificam como não binárias. A medida foi tomada depois de um decreto assinado pelo presidente Donald Trump no primeiro dia de seu mandato, que altera a política sobre identidade de gênero nos documentos oficiais.
O Departamento de Estado confirmou a decisão e anunciou que não emitirá mais passaportes com a marcação “X”. Além disso, o departamento também informou que publicará novas diretrizes sobre os passaportes emitidos com a marcação “X”. Essas informações serão divulgadas no site oficial do órgão.Play Video
A mudança ocorreu logo depois da posse de Trump, que, em seu discurso inaugural, afirmou que o governo dos Estados Unidos passaria a reconhecer apenas dois gêneros: masculino e feminino. Trump defendeu a ideia de que a medida se baseia na “verdade biológica” e destacou que os fundos federais não devem ser usados para promover a ideologia de gênero.
O decreto também determinou a eliminação do gênero “X” em documentos oficiais, como passaportes e vistos. A medida exigirá que os registros do governo reflitam o sexo atribuído ao nascimento. A mudança entrou em vigor imediatamente e visa a garantir que os documentos públicos estejam alinhados com a identidade de gênero registrada ao nascimento.
A possibilidade de emitir passaportes com o gênero “X” foi estabelecida durante a administração do presidente Joe Biden, em outubro de 2021. Naquele momento, o Departamento de Estado introduziu a opção “X”, para pessoas que não se identificam com os gêneros tradicionais nem se consideram intersexo. A medida tinha como objetivo expandir os direitos das pessoas não binárias e de outras identidades de gênero.
Durante sua campanha eleitoral, Trump criticou as políticas de diversidade e inclusão adotadas pelo governo Biden, especialmente no que se refere às questões transgênero.
Trump também prometeu tomar medidas para restringir o acesso de pessoas transgênero a tratamentos hormonais financiados pelo governo federal. Além disso, sugeriu a proibição da participação de mulheres transgênero em competições esportivas femininas, o que já é uma realidade em escolas de muitos Estados norte-americanos.
