Manaus/AM – O empresário preso hoje (13), por estuprar duas sobrinhas dizia a uma delas, enquanto praticava o crime, que estava ajudando a corrigir sua orientação sexual para que ela não fosse rejeitada pela família.
A delegada Joyce Coelho explica que depois de um ano sendo estuprada, a sobrinha mais velha começou a se identificar como homossexual e o tio ficou sabendo disso.
Então, ele prosseguiu com os abusos, afirmando que a família não ia aceitar que ela se relacionasse com outra mulher e que ele iria ajudá-la a se livrar disso.
Joyce explica que esse tipo de crime é chamado de estupro corretivo: “Esta adolescente sofreu o que nos chamamos de estupro corretivo. Aos 14 anos, ela relatou na sua fala, que ela começou a se descobrir homossexual e o estupro corretivo foi usado por ele como desculpa para que ela se consertasse, que isso não era normal, que os pais não iam aceitar e que ele iria ajudá-la. Isso também configura tortura psicológica”, afirma.
A vítima foi violentada dos 13 aos 17 anos e o caso só foi descoberto no último dia 6 de julho porque a irmã dela de 15 anos, que também estava sendo estuprada, criou coragem e denunciou o caso à tia materna.
Ela levou o caso à polícia e apresentou um vídeo feito pela menina mais nova, mostrando o homem praticando o crime contra ela. As duas vítimas estão recebendo apoio psicológico e o tio estuprador foi preso nesta manhã.